Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

Discussão sobre o moderno vício tecnológico

Sem dúvida, a tecnologia é uma ferramenta facilitadora para a sociedade, que economiza esforços e tempo. O desenvolvimento tecnológico quebrou as barreiras geográficas e criou fronteiras virtuais, o que permite as pessoas conhecerem um mundo de novidades e informações, além de ser uma forma de entretenimento.

Não é à toa, então, que muitas pessoas passam horas e horas em frente à telinha, usufruindo do vídeo-game, da televisão e, principalmente, nos últimos anos, do que chamamos de mídias sociais como twitter, orkut, facebook, formspring, msn, entre outros.

O uso frequente e demasiado dessas plataformas tecnológicas pode conduzir, desde uma criança até um adulto, a um comportamento inadequado ou prejudicar a sua saúde.

Há diversos exemplos sobre essas duas consequências problemáticas devido ao uso exagerado da tecnologia, dentre eles:


  • A troca de prioridades, isto é, deixar de lado as tarefas obrigatórias ou necessárias do cotidiano;
  • A preferência pelo isolamento e deixar de ir a encontros pessoais;
  • A mudança de humor, seja pelo prazer ou ânsia pelo entretenimento, seja pela raiva por causa de algum impedimento de usá-la;
  • A obesidade; e
  • O sedentarismo.

Evidentemente, quando ocorrem esses e outros casos, identifica-se a falta do gerenciamento correto das atividades que deve e que deseja realizar Independentemente do nível de envolvimento com a tecnologia, para a formação de uma postura responsável necessita-se primeiramente compreender a importância da “existência social”: cada pessoa possui obrigações e deveres a serem cumpridos, e precisa se relacionar pessoalmente com a família, amigos, vizinhos e outras pessoas. O que nem sempre é fácil.

Vale ainda frisar que, acima destes dois contextos, o relacionamento com Deus está em primeiro lugar e que se pode recorrer a ele até para esta adversidade, se preciso.

Deus nos deu a inteligência e nós desenvolvemos a tecnologia. Por que não convocar a inteligência também em prol do uso adequado da tecnologia?

Thiago Thomaz Puccini


FELIZ E SANTO 2011 a você e toda sua família e amigos!

Um tempo se foi. Um ano, precisamente. Foi um tempo agradável de trabalhos, muitas vezes árduos, mas eficazes. Esse ano foi um ano diferente, de uma maneira especial no segundo semestre quando iniciamos a trabalhosa reforma do nosso Santuário.

Ainda não terminou, mas muitas coisas foram feitas.

E como você, paroquiano, nos ajudou! A sua solidariedade, o carinho, a participação e a fidelidade muito nos fez compreender a grandeza do amor de Deus  para conosco. Preciso te agradecer de uma maneira  muito, mas muito especial.

Neste novo ano começaremos o trabalho com a Capela do Santíssimo e teremos muito êxito, pode acreditar. A vitória é nossa, os nossos trabalhos  renderão muitos frutos. Juntos seremos muito mais e alcançaremos grandes vitórias. Você foi uma peça  muito importante em todos os nossos trabalhos.

Preciso agradecer também, de uma maneira especial, a todos os agentes de pastoral. Na última assembléia paroquial que realizamos pudemos constatar quantas coisas fizemos e quantos trabalhos pudemos realizar.

Cada agente de pastoral, cada membro, cada fiel aprendeu muito, colaborou muito e deu a sua parte na construção do Reino de Deus. Deus abençoará e fortalecerá a todos para que no próximo ano vocês tenham força e saúde em seus trabalhos.

Esta paróquia tem à frente uma mãe poderosa, Nossa Senhora do Sagrado Coração. Ele sempre vai à frente guiando, sendo luz e nos levando até Jesus. No próximo ano ela fará a mesma coisa e, certamente, nos tomará pela mão e nos ajudará em nossos projetos pastorais.

Obrigado a você pela presença e pela participação em nossa comunidade. Deus recompensará o seu esforço e trabalho.

Feliz e santo 2011 a você e a todos os seus familiares e amigos!

Pe. Air José de Mendonça, MSC
www.facebook.com/air.jose


02 de Novembro – Memória de nossos irmãos

Em algumas culturas e tribos a celebração dos mortos pode até nos chocar. Há tribos que cultuam os mortos por dias seguidos, outras lamentam incansavelmente a partida de alguém, e outras ainda, dançam, brincam e vão, dias depois, festejar ao lado da lápide com comidas e bebidas. O que para alguns é estranho, para outros é a essência da vida, a continuidade da memória.

No início do mês celebramos Finados, expressão da piedade popular, ocasião em que as pessoas vão até os túmulos de seus entes queridos para rezar e fazer memória. Celebramos também o início do tempo do Advento em nossa Igreja.

Tempo da espera, da vigilância pelo nascimento do nosso Salvador.

Pe. Air José de Mendonça, MSC


A alegria da ressurreição

Neste dia 02 de novembro, celebramos o Dia de Finados, em lembrança de nossos entes queridos que não estão mais entre nós. Tal data, normalmente, remete a um sentimento de melancolia e saudade, por parte daqueles que aqui ficam intercedendo pelas almas de seus familiares e amigos.

O mistério da morte ainda nos incomoda muito por não sabermos como e aonde estão nossos antepassados.

Entretanto, as almas dos fiéis se encontram e superam a barreira da morte, rezando umas pelas outras. Assim, compreendemos a prática de oferecer missa em intenção pelos falecidos.

Lembrando de nosso querido Papa João Paulo II, que em uma de suas encíclicas (carta por ele escrita e direcionada a toda a igreja) ensina-nos que “a Igreja do Céu, a Igreja da Terra e a Igreja do Purgatório estão misteriosamente unidas nessa cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus.”

A celebração desta data é uma oportunidade para fazermos uma reflexão sobre a vida. Ela terminará para todos nós aqui neste mundo, é apenas uma questão de tempo.

Além disso, para a eternidade não poderemos levar nada de material. Levaremos apenas o bem que tivermos feito para nós e para os outros. Logo, deve ser uma tomada de consciência de que ser feliz e viver bem não quer dizer acumular tesouros, prazeres ou glórias, mas fazer o bem e preparar uma vida eterna com Deus.

Devemos pedir sempre para a santificação destas almas, que aguardarão até o dia do Juízo Final, onde todos nós ressuscitaremos assim como Jesus. Também nós, devemos nos preparar e nos redimir de nossos pecados, pois o grande dia está próximo. Para quem ainda tem dúvidas, na carta de São Paulo aos Coríntios, temos uma prévia de como será: “Jesus, ressuscitado em primeiro lugar, seguir-se-á a ressurreição dos irmãos: cada qual na sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, por ocasião da sua segunda vinda; a seguir, haverá o fim” (1Cor 15, 23s). E este é o ponto fundamental da nossa fé cristã: devemos acreditar na ressurreição e manter nosso coração puro e confortado, afinal “se Cristo não ressuscitou, vazia é a vossa pregação; vazia também é a vossa fé… Se Cristo não ressuscitou, vazia é a vossa fé; ainda estais nos vossos pecados” (1Cor 15, 14.17).

Por isso, lembremos daqueles que partiram com carinho, recomendando-lhes nossas orações e preparemo-nos também, pois o Reino de Deus está chegando!

Viviane Valente


Democracia participativa II O povo como agente de transformação

Continuando nossa reflexão sobre a Democracia Participativa vamos ver com quais instrumentos podemos contar na construção dessa forma de democracia. Em primeiro lugar precisamos entender que é preciso ir além do ato de votar. “A construção da Democracia Participativa parte do pressuposto de que é necessário ultrapassar o individualismo e tomar o rumo da solidariedade que deve, pois, apelar para a consciência dos cidadãos, respeitando sua autonomia e chamando-os a contribuir para construção do bem comum.” (Papa Paulo VI).

A Constituição Federal de 1988, chamada de “Constituição Cidadã”, é um exemplo de como “na luta fazemos a lei”. Ela garantiu direitos e deveres universais aos cidadãos. Nela se encontram valiosos instrumentos, ferramentas eficazes na busca de um novo estado e de uma nova Democracia. Vejamos o que a Constituição reserva à participação popular: o artigo 14 estabelece que “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – Iniciativa Popular.” Complementando o artigo acima, lemos no parágrafo 2º do artigo 61 o que “A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, etc….”

Outros dispositivos existem na mesma Constituição que propiciam a participação da população na gestão da coisa pública:

I – artigo 198, III, a comunidade é chamada a participar nas ações e serviços públicos de saúde;
II – artigo 205, a educação é tratada de tal forma que não só é direito, mas um dever de toda a sociedade e da família;
III – artigo 204, trata-se da assistência social e explicita-se a necessária presença da sociedade civil e suas entidades no acompanhamento e no gerenciamento das ações. Continua.

    Documento da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), nº 91.

    Antonio Corda
    Agente de pastoral

    antonio.corda@terra.com.br


    Ponto de atenção: a relação do jovem com o álcool

    Problemas sociais sempre existiram. Um deles é o alcoolismo, que não é algo pontual na história. Pelo contrário, no contexto brasileiro é algo que chama a atenção.

    O primeiro levantamento nacional sobre os Padrões do Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado entre novembro de 2005 e abril de 2006, mostra que adolescentes com idade entre 18 e 25 anos começaram a beber aos 15 anos, enquanto jovens entre 14 a 17 anos iniciaram aos 13 anos.

    Os resultados da pesquisa também concluem que embora “os adolescentes também apresentem alta taxa de abstinência, ocorre uma situação na qual os que bebem tem a tendência de beber de uma forma problemática”. Além disso, algo preocupante é o fato de que eles “são os que mais mudam o padrão de consumo em curtos espaços de tempo”.

    Algumas evidências podem explicar isso. No ensino médio ou já na universidade, a juventude é incentivada – e até pressionada – a consumir bebidas alcoólicas, principalmente pelo círculo de amizades, pela curiosidade latente e até por um desejo de comportamento diferenciado (por exemplo, “eu sou bom, se conseguir beber muito”).

    Outro aspecto relevante são as universidades cercadas por bares e botecos que atingem o público estudantil, que em sua grande parte bebem por qualquer razão.

    Pior do que isso acontece quando a bebida se torna um refúgio diante das adversidades da vida. Pode se tornar, então, caminho para enfermidades como depressão ou até a violência.

    Ademais, fisicamente, beber inapropriadamente causa impactos. De acordo com a pesquisadora Ana Cecília Marques, da Unidade de Álcool e Drogas (UNIAD) da Unifesp, “o jovem que bebe fica mais lento e com a atenção instável”.

    Corroborando com a psiquiatra, observa-se que o consumo de álcool afeta o bom senso, a capacidade de coordenar os movimentos do corpo, atrapalha os reflexos e o sono. Isso pode repercute, por exemplo, em muitos acidentes automobilísticos.

    Este contexto não tem a intenção de ser apresentado simplesmente de forma negativista. Na verdade, é uma conscientização das influências modernas sobre a juventude. Basta que cada indivíduo – isso inclui também os mais velhos – tenha responsabilidade em seu consumo. Um bom conselho é o dado pelos grupos dos Alcoólatras Anônimos (AA): evite o primeiro gole! Pense nisso!

    Thiago Thomaz Puccini


    “Missão” – Sempre constante anunciemos o Evangelho

    Alguns anos atrás, quando se pensava em missão, identificava-se a figura de alguém que saía do seu espaço e ia à outras terras para pregar o evangelho ou simplesmente ser presença de Deus. Hoje, quando se fala de missão, há a preocupação de abarcar na reflexão todos os tipos de nomenclaturas, idéias, objetivos e também a questão da mobilidade humana.

    Apesar das inovações nas reflexões – ainda bem que elas existem, – missão nunca vai deixar de ser, em última análise, o encontro com o outro. Em terras estrangeiras, locais, em lugares longínquos ou bem próximos. Missão vai levar em conta o quanto o outro é importante, e o quanto a distância precisa ser superada para que o anúncio do evangelho aconteça de forma perene e constante.

    Neste mês de outubro lembramos a oração do Santo Rosário. Uma devoção antiquíssima que nos coloca em sintonia com o próprio Deus contemplando a sua manifestação em nosso meio.

    Rezemos por todos os Missionários do Sagrado Coração e por todos os missionários do mundo inteiro, para que tenham força, ânimo e esperança, sempre.

    Pe. Air José de Mendonça



    MSC consagrados para amar

    Os Missionários do Sagrado Coração (MSC) continuam a olhar com carinho a dimensão missionária da presença de 100 anos dos MSC no Brasil. Depois de falarmos nos textos anteriores sobre a preparação do jubileu e também das estatísticas de quantos membros temos no Brasil, vamos olhar para a nossa espiritualidade da vida consagrada, ou seja, a vida religiosa.

    Assim os MSC com o texto da samaritana (Jo 4,1-42) e do samaritano (Lc 10,25-37), estão refletindo sobre sua caminhada, neste momento de comemoração e também de entrega ao projeto do nosso Fundador Julio Chevalier “de fazer amado por toda parte o Sagrado Coração de Jesus”. Esses dois textos refletem o concreto e o particular do amor que Deus confiou a nós MSC de “amados por Deus para amar a todos”. Pois, viver o sentido de amados por Deus é viver a paixão por ele, Jesus Cristo, presente no outro que vamos ao encontro. E amar a todos, consiste no movimento de paixão pela humanidade como resposta a esse amor. Nessa ótica somos MSC, pois viver o projeto de Deus na vida religiosa é viver a missão de sempre levar ao outro o remédio para os males que lhe aflige e vencer o egoísmo pelo encontro da partilha de vida que leva a vivencia do ser comunitário e misericordioso de Deus no amor.

    Portanto, em nossas vidas de consagrados para amar estamos abertos para acolher a graça de Deus e com carinho levar a experiência da graça de Deus a todas as pessoas que de nós se aproximam. Portanto, vivenciar esses 100 anos de presença MSC no Brasil é buscar caminhos que nos façam sempre buscadores de novas condições para falar a todos do amor verdadeiro que jorra do Sagrado Coração de Jesus.

    Fr. Jackson Douglas Furtado Soares, MSC graduando em teologia


    Democracia participativa – O povo como agente de transformação

    Caro leitor, muito provavelmente neste momento já são conhecidos os homens e as mulheres que irão governar São Paulo e o Brasil nos próximos quatro anos. Passamos a esses nossos representantes, um cheque em branco para ser utilizado em nosso benefício.

    Para tanto eles devem exercer de forma justa o mandato recebido. A Doutrina Social da Igreja nos ensina que é condição básica para um mandato justo: “que aqueles que tem responsabilidades políticas não devem esquecer ou subestimar a dimensão moral da representação, que consiste no empenho de compartilhar a sorte do povo e em buscar a solução dos problemas sociais”.

    Além do mais a mesma Doutrina explicita que: “o sujeito da autoridade política é o povo, considerado na sua totalidade como detentor da soberania”. Por outro lado este mesmo povo, de formas diferentes, mas na mesma essência, “transfere o exercício da sua soberania para aqueles que elege livremente como seus representantes, mas conserva a faculdade de a fazer valer no controle da atuação dos governantes e também na sua substituição, caso não cumpram de modo satisfatório as funções.”

    Assim é preciso ir além do ato de votar. Devemos estar inseridos nos movimentos ou estruturas constituídas legalmente, tendo vez e voz determinantes nos encaminhamentos do Estado.

    No próximo post vamos ver como isso se dá. Reflita!

    Antonio Corda
    Agente de pastoral

    antonio.corda@terra.com.br


    Quando se sente inveja…

    O vazio que, às vezes, existe no coração do ser humano é preenchido por sentimentos nem sempre saudáveis quando Deus é deixado em segundo plano. Um deles é a inveja, que atormenta a todos sem exceção. Uns mais, outros menos. Isso ocorre de acordo com a fragilidade de cada um.

    O invejoso enxerga as coisas de forma injusta. Por exemplo, “por que ele tem e eu não tenho”? Sendo assim, seu olhar cobiçador se volta para o que o outro tem, além de desvalorizar aquilo que ele próprio possui.

    Nessa situação, sem perceber, e gradativamente, o indivíduo estagna sua vida e perde suas próprias oportunidades de se desenvolver e crescer. Torna-se um mero intérprete da vida, sentindo tristeza, raiva e dor.

    Todos provavelmente conhecem esse conceito e, alguma vez, já classificaram alguém de invejoso. No entanto, em determinados momentos, aqueles que julgam são incapazes de lutar contra esse pecado. Deixam-se levar pela vaidade, “porque a boca fala do que coração está cheio” (Mt 12,34). São tão orgulhosos que não percebem este indesejável sentimento, dentro de si mesmos.

    De outro lado, os invejados sofrem. O próprio Jesus foi atingido pela inveja dos outros antes de sua morte. Os príncipes dos sacerdotes levaram o Filho de Deus à morte no Calvário (Mt 27,18). Também, Paulo e Silas foram perseguidos por judeus, por proclamarem Jesus como rei (At 17,1-8).

    Como se pode ver, de algum modo, qualquer um é ferido por este mal. Contudo, há libertação com a ajuda de Deus.

    Para isso, algumas soluções primárias são: admitir a inveja a fim de reconhecer com maior facilidade situações que a causam; Orar muito, pedindo ao Senhor cura; Também, senão principalmente, ser precavido nas palavras, escolhendo o momento adequado para falar a determinadas pessoas sobre conquistas e realizações. Ou pode-se simplesmente optar pelo silêncio.

    Quem ama o próximo deve superar a tentação da inveja, pois ela traz divisão à Igreja e a quaisquer relações sociais. Paulo ensinou: “Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo…” e “… o corpo não consiste em um só membro, mas em muitos” (1Cor 12,13-14).

    Que a vida seja vista por meio dos olhos de Deus!

    Thiago Thomaz Puccini


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