30/04/2018 – Se alguém me ama… (Jo 14,21-26)
A prova real do amor é a obediência. Ao contrário daquilo que se afirma no mundo pagão, sedento de autoafirmação e soberba, quem ama obedece… Um filho que se sente amado não assumirá ares de rebeldia em relação aos pais. A mulher que se sente amada não terá arrepios ao ler o Apóstolo Paulo, que fala de submissão ao marido (cf. Ef 5,22-23). Muito ao contrário, os gestos e atitudes de obediência constituem uma espécie de resposta ao amor recebido. É o amor traduzido em entrega e abandono.
Em nossa vida espiritual, que pensar de alguém que afirma amar a Deus e, ao mesmo tempo, se rebela contra seus mandamentos, autênticas defensas que o Pai celeste nos deu para seguirmos com segurança na estrada da vida? Como amar a Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, repelir o ensinamento da Igreja, seu Corpo? Como conciliar as emocionadas declarações de amor e o sentimento íntimo de ser tolhido pelo Amado? Que amor é esse que chega a incomodar?
Fazendo um retiro espiritual no Foyer de Charité, em Mendes, RJ, veio-me a inspiração para este soneto, intitulado “OBEDECER”:
Obedecer… Deixar que sua Mão
Aponte cada passo do caminho,
Sem escolher a flor, fugir do espinho,
Sem afastar as pedras do meu chão…
Obedecer… Aposentar o “não”,
Deixar meu interesse mais mesquinho,
Abandonar a vida em desalinho,
Deixar que Deus me amasse como o pão…
Obedecer… Queimar os meus navios
E seguir arrastado pelos rios
E remoinhos do querer de Deus…
E, assim, sem resistir ao seu transporte,
Deixar que Ele decida a minha morte,
Transfigurando em luz os erros meus…
Orai sem cessar: “Tuas exigências fazem minhas delícias!” (Sl 119,24)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
7/06/2017 – Ele não é Deus dos mortos! (Mc 12,18-27)
Hoje, vamos ouvir São Cirilo de Jerusalém [+387], em uma de suas “Catequeses Batismais”:
“Toda alma que crê na ressurreição trata a si mesma com respeito. Quem não crê na ressurreição abusa de seu próprio corpo como o faria de um corpo estranho. A Santa Igreja nos ensina a fé na ressurreição dos mortos: artigo importante e muito necessário, combatido por muitos, mas estabelecido pela verdade. Os gregos o combatem, os samaritanos o negam, os heréticos o rasgam. A contradição tem muitos rostos, mas a verdade só tem um.
Há cem ou duzentos anos, onde estávamos todos nós? Ignoras que foi a partir de coisas sem força, nem forma, nem diversidade que nós fomos gerados? Aquele que criou o que não existia, não ressuscitará o que morreu após ter existido?
Dirijamo-nos, agora, aos escritos da Lei. Deus diz a Moisés: ‘Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó’. (Ex 3,6.) Se Abraão estava morto, bem como Isaac e Jacó, então Deus é o Deus daqueles que não existem! Então, é preciso que Abraão, Isaac e Jacó ainda existam para que, nesta passagem, Deus seja o Deus de personagens existentes. É que ele não disse ‘eu era Deus deles’, mas ‘eu sou’.
A vara de Aarão, quebrada, morta, pôs-se a florir sem mesmo experimentar a água (Nm 17). Esse bastão, por assim dizer, ressuscitou dos mortos e o próprio Aarão não ressuscitaria? Deus opera um milagre em um pedaço de pau, e não daria a ressurreição ao próprio Aarão?
Para criar o homem, Deus mudou a poeira em carne; a carne não seria de novo restaurada em carne? De onde tiraram sua existência os céus, a terra e o mar? E o sol, a lua, as estrelas? Como os pássaros e os peixes foram extraídos das águas? Tantas miríades de criaturas foram transportadas do nada ao ser, e nós, os homens, criados à imagem de Deus, será que não ressuscitaremos?
Muitos textos da Escritura testemunham a ressurreição dos mortos. Para lembrar, limitemo-nos a citar aqui a ressurreição de Lázaro, quatro dias após sua morte (Jo 11), ou ainda a ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7,11ss), ou a filha do chefe da sinagoga (Lc 8,49ss). Acima de tudo mais, seja lembrado que Cristo ressuscitou dos mortos.”
Orai sem cessar: “Em minha própria carne, verei a Deus!” (Jó 19,26)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
28/05/2017 – Eu estou convosco… (Mt 28,16-20)
O episódio narrado neste Evangelho é a Ascensão de Jesus Cristo que, completada a sua missão terrena, regressa ao Pai, de Quem viera para oferecer a salvação a toda a humanidade. O cenário é uma “alta montanha”, retomando a imagem dos lugares altos como o espaço privilegiado do encontro com Deus. As outras personagens da cena são os Onze apóstolos, ainda fragmentados entre exultação e dúvida, misturando esperanças e incertezas.
E se as dúvidas permanecem mesmo diante do Cristo ressuscitado, elas vêm comprovar que até para os discípulos a Ressurreição de Jesus superava de longe toda a imaginação daqueles pobres seguidores do Mestre. De fato, o homem natural não oferece qualquer apoio para a fé no Ressuscitado. Só após a iluminação da manhã de Pentecostes esta barreira seria superada na força do Espírito Santo.
Como apoio e consolo, os apóstolos ouvem uma nova e inesperada promessa de Jesus Cristo: “Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo”, isto é, até a vinda definitiva do Reino de Deus. Como diz Hébert Roux, “todas as ordens dadas pelo Senhor têm em vista este fim. Para todo discípulo, trata-se de perseverar até o fim (cf. Mt 24,14; Hb 3,6). Ora, entre sua primeira e sua segunda vinda, Cristo não deixa órfãos os seus discípulos (cf. Jo 14,18ss). Aquele que era e que vem, é Aquele que é! (Ap 1,4.8; 4,8)”.
O nome do Salvador, na profecia de Isaías (7,14) é Emanuel, um “Deus-conosco”, que não saberia ausentar-se do cotidiano de sua Igreja, recolhido à olímpica eternidade e indiferente à engrenagem dos séculos, ali onde os homens trabalham e suam, amassando o pão de cada dia, o mesmo pão a ser consagrado em cada altar, fruto da terra e do trabalho dos homens.
Em sua Ascensão ao Pai, a impressão do adeus cede lugar à certeza da presença. Aquela aparente separação dos sentidos é infinitamente superada pela certeza da fé. Sem a experiência dessa presença de Jesus Cristo, os mártires não teriam sacrificado suas vidas, atestando com sangue o Evangelho das palavras; os confessores não teriam consagrado suas forças ao anúncio da Boa Nova, num outro tipo de martírio vivido a conta-gotas; e os missionários não teriam atravessado mares e oceanos para cumprir o mandato: “Ide e ensinai a todas as nações!”
O dia da Ascensão é convite a viver a Presença de Cristo no meio de nós.
Orai sem cessar: “Os retos habitarão na tua presença, Senhor!” (Sl 140,13)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
No Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração, existem vários vitrais. Muitos se perderam e de alguns só restam fotos. Outros não temos mais a referência. Por isso, vamos tentar recuperar e confeccionar novos baseados nas fotos dos antigos. A sua colaboração ajudará a restaurar, manter e confeccionar os novos vitrais.
Veja bem: na nave central havia quatro grandes vitrais, que falam do Novo Testamento; os dois primeiros, do lado esquerdo são o nascimento de Jesus (Lc 2,1-20) e a fuga para o Egito (Mt 2,13-23). Do lado direito, encontra-se o primeiro milagre de Jesus em sua vida pública, as Bodas de Caná (Jo 2,1-12), e a morte de Jesus Cristo (Jo 19,25-30).
Já na parte de trás, os vitrais falam do Antigo Testamento. Do lado esquerdo, havia dois vitrais. Hoje só há um. O que está faltando é o de Moisés que, com o cajado, bate na pedra e dela jorra água (Ex 17,1-7). O outro são fragmentos da vida de Elias e de Abraão. (vide foto acima). O Profeta é instrumento de vida (1Rs 17,17-24).
A vocação profética (1Rs 19,19-21), Elias e Eliseu no Rio Jordão (2Rs 2,8-10), Elias é arrebatado (2Rs 2,11-18), Elias, porta-voz de Javé, o profeta que anuncia o julgamento (1Rs17,1-6), Abraão e seu filho Isaac – o holocausto (Gn 22,1-19), o profeta desmascara o ídolo (Rs 18,20-46) e o casamento de Isaac (Gn 24,1-27), o profeta reorganiza a sociedade (1Rs 19,1-14), o profeta de Javé (Rs 1,1-18).
Do lado direito encontramos Ester uma mulher forte e corajosa (Est 5,1-14;7,1-10;8,1-12).
O outro são fragmentos da vida do povo de Deus: Três visitas misteriosas (Gn 18,1-17); Coroação de Saul, o primeiro Rei (1Sm 10,1-8); Deus pede a Moisés que faça uma roupa sagrada a Aarão, o primeiro sacerdote (Ex 28,1-8); Deus que acaba com as guerras (Jt 15,8-13); Samuel e a palavra de Javé (1 Sm 1,1-23); Samuel é entregue no templo (1Sm 1,24-28); A vocação profética (1Sm 3,1-21); Davi entra na corte, o segundo Rei (1Sm 16,1-13); e o rei Salomão, o terceiro Rei (Rs 3,1-15).
Encontramos 12 rosáceas, sendo 10 com vitrais de mosaico.
No altar de Nossa Senhora do Sagrado Coração encontramos 7 vitrais com anjos tocando e cantando para mãe de Deus.
Para as três rosáceas maiores hoje sem vitrais, também serão confeccionados novos.
COM QUANTO POSSO CONTRIBUIR?
1. Não há valor determinado. Toda colaboração é bem vinda. A sua colaboração poderá ser mensal ou esporádica, como preferir e estiver ao seu alcance. E ainda vamos promover outras maneiras de você colaborar. Você poderá receber informações na Secretaria da Igreja de segunda à sexta-feira das 8h às 17h e aos sábados das 8h às 11h30.
2. Outra maneira é a seguinte: o vitral é dividido em três partes. Se, nesse caso, você quiser restaurar ou confeccionar uma delas, o nome de sua família será colocado no vitral e ali permanecerá para sempre na Casa da Mãe. O nome será inserido no vitral e não em placas. A foto como consta neste folheto é ilustrativa e serve apenas para indicar o local onde ficará o nome de sua família. Neste folheto apresentamos os valores para esta colaboração.
VOCÊ PODE COLABORAR DAS SEGUINTES MANEIRAS
1. Depósito Identificado no valor que preferir: Banco do Bradesco – Ag. 137 – C.P: 1013653-9
2. Ou entregando sua colaboração na Secretaria Paroquial no horário de funcionamento descrito neste site ou na Sacristia antes ou após as missas.
3. Se a sua família for assumir uma das partes dos vitrais você poderá se informar sobre a possibilidade de parcelamento e registrar o nome como gostaria que saísse nos vitrais.
E DEPOIS?
O seu nome será publicado na página 28 da revista de Nossa Senhora como benfeitor, a partir do mês de dezembro.
Será também inscrito no livro de Ouro da Paróquia. Este livro ficará no presbitério durante toda a reforma, no horário das missas, que serão celebradas também em sua intenção.
Deus lhe pague e Nossa Senhora o proteja!
Sabe aquela história de que o testemunho arrebanha multidões? Acredite nela. Jesus responde com o testemunho quando é interpelado pelos judeus. É como se ele dissesse “olhem as minhas obras e vereis quem eu sou”. Jesus estava ciente do seu papel de cumpridor da vontade do Pai e por isso, durante a sua vida pública curou, confortou, evangelizou. Talvez não consigamos testemunhar tanto quanto gostaríamos porque ainda nos falta um completo abandono nas mãos de Deus como Jesus fez. Pensemos nisso.
Por: Pe. Air José de Mendonça
Telefones: (11) 2211-0448 / (11) 2211-7873
Email: secretaria@santuariodemaria.com.br
Av. Renata, 1 - Vila Formosa
São Paulo - SP, Brasil - CEP: 03377-000