Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

“Ensinar o bem e não o mal”

30º Dia – Mateus 5, 17-19

É sempre importante estar atento às facetas do mal. Além de fazer o mal podemos ser motivos para que outros também o façam. Se não nos cuidarmos, seremos incentivadores para outros pequem. Sabe aquela coisa de dar uma comichão na língua para comentar sobre este ou aquele fato de uma outra pessoa e que nem sempre nenhuma das coisas dizem respeito à nós? Pois é, nesta hora você é a semente do mal que faz germinar no coração do outro a intolerância e a inveja. Cuide-se. Ser instrumento do maligno é muito fácil. Acorde para Jesus.

Por Pe. Air José de Mendonça


“Tentar e ser tentado”

13º Dia – Mateus 4, 1-11

1º Domingo da Quaresma

Somos perseguidos todos os dias pelo mal. Há sempre situações que aparecem diante de nós nos proporcionando o erro, a injustiça, a cobiça, o desentendimento. Olhe os acontecimentos ao longo do seu dia e perceba se de vez em quando não há situações limites para você. Vencemos o mal pela nossa fé. Não há outro modo. Nossa fé nos impulsiona, como fez Jesus na tentação do deserto, a dizer não, um NÃO que destrói qualquer tentativa, qualquer ilusão do mal em nos conduzir por caminhos que só nos levará a morte.

Por Pe. Air José de Mendonça


“Vem para o meio”

23º Dia – Marcos 3, 1-6

O convite de Jesus é sempre um bálsamo para nós. Todas as vezes que estamos em oração é porque aceitamos o convite de Jesus impulsionados pela ação do Espírito Santo. Jesus, afetivamente diz ao moço que tinha um problema na mão;”Vem para o meio. Sou sua força, sou a sua esperança.” E a cada momento em que nos encontramos com Jesus de uma maneira muito especial na eucaristia, ele renova o seu convite para cada um de nós. “Vem para o meio. Eu quero te curar, eu quero continuar sendo a sua esperança.” Por isso, deixe de lado o que te impede de Jesus chegar até ele. Rompa as barreiras do seu coração. A sua vida está em Jesus.

Por Pe. Air José de Mendonça


MSC consagrados para amar

Os Missionários do Sagrado Coração (MSC) continuam a olhar com carinho a dimensão missionária da presença de 100 anos dos MSC no Brasil. Depois de falarmos nos textos anteriores sobre a preparação do jubileu e também das estatísticas de quantos membros temos no Brasil, vamos olhar para a nossa espiritualidade da vida consagrada, ou seja, a vida religiosa.

Assim os MSC com o texto da samaritana (Jo 4,1-42) e do samaritano (Lc 10,25-37), estão refletindo sobre sua caminhada, neste momento de comemoração e também de entrega ao projeto do nosso Fundador Julio Chevalier “de fazer amado por toda parte o Sagrado Coração de Jesus”. Esses dois textos refletem o concreto e o particular do amor que Deus confiou a nós MSC de “amados por Deus para amar a todos”. Pois, viver o sentido de amados por Deus é viver a paixão por ele, Jesus Cristo, presente no outro que vamos ao encontro. E amar a todos, consiste no movimento de paixão pela humanidade como resposta a esse amor. Nessa ótica somos MSC, pois viver o projeto de Deus na vida religiosa é viver a missão de sempre levar ao outro o remédio para os males que lhe aflige e vencer o egoísmo pelo encontro da partilha de vida que leva a vivencia do ser comunitário e misericordioso de Deus no amor.

Portanto, em nossas vidas de consagrados para amar estamos abertos para acolher a graça de Deus e com carinho levar a experiência da graça de Deus a todas as pessoas que de nós se aproximam. Portanto, vivenciar esses 100 anos de presença MSC no Brasil é buscar caminhos que nos façam sempre buscadores de novas condições para falar a todos do amor verdadeiro que jorra do Sagrado Coração de Jesus.

Fr. Jackson Douglas Furtado Soares, MSC graduando em teologia


Democracia participativa – O povo como agente de transformação

Caro leitor, muito provavelmente neste momento já são conhecidos os homens e as mulheres que irão governar São Paulo e o Brasil nos próximos quatro anos. Passamos a esses nossos representantes, um cheque em branco para ser utilizado em nosso benefício.

Para tanto eles devem exercer de forma justa o mandato recebido. A Doutrina Social da Igreja nos ensina que é condição básica para um mandato justo: “que aqueles que tem responsabilidades políticas não devem esquecer ou subestimar a dimensão moral da representação, que consiste no empenho de compartilhar a sorte do povo e em buscar a solução dos problemas sociais”.

Além do mais a mesma Doutrina explicita que: “o sujeito da autoridade política é o povo, considerado na sua totalidade como detentor da soberania”. Por outro lado este mesmo povo, de formas diferentes, mas na mesma essência, “transfere o exercício da sua soberania para aqueles que elege livremente como seus representantes, mas conserva a faculdade de a fazer valer no controle da atuação dos governantes e também na sua substituição, caso não cumpram de modo satisfatório as funções.”

Assim é preciso ir além do ato de votar. Devemos estar inseridos nos movimentos ou estruturas constituídas legalmente, tendo vez e voz determinantes nos encaminhamentos do Estado.

No próximo post vamos ver como isso se dá. Reflita!

Antonio Corda
Agente de pastoral

antonio.corda@terra.com.br


Quando se sente inveja…

O vazio que, às vezes, existe no coração do ser humano é preenchido por sentimentos nem sempre saudáveis quando Deus é deixado em segundo plano. Um deles é a inveja, que atormenta a todos sem exceção. Uns mais, outros menos. Isso ocorre de acordo com a fragilidade de cada um.

O invejoso enxerga as coisas de forma injusta. Por exemplo, “por que ele tem e eu não tenho”? Sendo assim, seu olhar cobiçador se volta para o que o outro tem, além de desvalorizar aquilo que ele próprio possui.

Nessa situação, sem perceber, e gradativamente, o indivíduo estagna sua vida e perde suas próprias oportunidades de se desenvolver e crescer. Torna-se um mero intérprete da vida, sentindo tristeza, raiva e dor.

Todos provavelmente conhecem esse conceito e, alguma vez, já classificaram alguém de invejoso. No entanto, em determinados momentos, aqueles que julgam são incapazes de lutar contra esse pecado. Deixam-se levar pela vaidade, “porque a boca fala do que coração está cheio” (Mt 12,34). São tão orgulhosos que não percebem este indesejável sentimento, dentro de si mesmos.

De outro lado, os invejados sofrem. O próprio Jesus foi atingido pela inveja dos outros antes de sua morte. Os príncipes dos sacerdotes levaram o Filho de Deus à morte no Calvário (Mt 27,18). Também, Paulo e Silas foram perseguidos por judeus, por proclamarem Jesus como rei (At 17,1-8).

Como se pode ver, de algum modo, qualquer um é ferido por este mal. Contudo, há libertação com a ajuda de Deus.

Para isso, algumas soluções primárias são: admitir a inveja a fim de reconhecer com maior facilidade situações que a causam; Orar muito, pedindo ao Senhor cura; Também, senão principalmente, ser precavido nas palavras, escolhendo o momento adequado para falar a determinadas pessoas sobre conquistas e realizações. Ou pode-se simplesmente optar pelo silêncio.

Quem ama o próximo deve superar a tentação da inveja, pois ela traz divisão à Igreja e a quaisquer relações sociais. Paulo ensinou: “Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo…” e “… o corpo não consiste em um só membro, mas em muitos” (1Cor 12,13-14).

Que a vida seja vista por meio dos olhos de Deus!

Thiago Thomaz Puccini


O Sentido da Vida

Atualmente, não é difícil encontrar pessoas (ou até mesmo nós) com questionamentos acerca de sua vida. Muitas vezes não sabem de onde vieram, o que fazem aqui e nem para onde vão. Sentem-se perdidas e entra na máxima de apenas “viver por viver”. A vida e o mundo são belos, quando se conhece o seu sentido, a sua origem e seu fim em Deus. Tudo isso é resultado do Seu plano de amor – nada existe por acaso.

O nosso mundo é maravilhoso e perfeito, é o ser humano quem o modifica e nele causa problemas devido à falta de consciência em relação ao futuro. São Paulo, na Carta aos Romanos, nos deixa uma grande reflexão sobre isto: “Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade se tornaram ´visíveis´ à inteligência por suas obras”. Ou seja: a grandiosidade do Senhor é demonstrada por meio de sua grande obra, que é a criação do ser humano e do mundo ao seu redor para que viva em plena harmonia.

A missão da humanidade no mundo é constituída por 3 bases: cuidar da natureza, ser irmão dos seus irmãos e amá-los, e ser filho de Deus e adorá-lo. Quando esta tríplice identidade não é realizada e respeitada, começam as frustrações e o ser humano já não compreende sua própria existência.

A grandeza e riqueza humanas estão, na verdade, na sua capacidade de comunhão com os irmãos e não em seus bens materiais. Mas se não se reconhecem estes valores, criam-se conflitos consigo mesmo e cai-se no vazio. Por isso, mais do que nunca precisamos do nosso Salvador, Jesus Cristo, para preencher este vão que tanto incomoda. Em uma de suas sábias declarações, o Papa João Paulo II disse “O ser humano permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável quando não sente a presença do Filho de Deus”. Só Ele é capaz de “Revelar o ser humano ao próprio ser humano”, porque “Ele é a Luz que veio a este mundo iluminar toda a humanidade” (Jo 1,9).

Assim, ao reconhecer a presença de Cristo em nossa vida, o ser humano passa a se conhecer e compreender todo o valor e a beleza de viver. Por isso, roguemos à santíssima trindade que nos oriente sempre nos momentos de angústia e abra nossos olhos para enxergar quão maravilhosa e abençoada é a nossa vida!

Viviane Valente


Seu papel na sociedade e aquele usado no dia-a-dia

A natureza nos proporciona diversos recursos para serem usufruídos em nossa vida. Das árvores, por exemplo, é extraída a celulose e essa é transformada em papel, tão empregado em nosso cotidiano nas diversas atividades.

No entanto, a sociedade, em geral, parece pensar que a geração desse produto é ilimitada. Há muitos exemplos e não é necessário se despender muito tempo para percebê-los. Empresas imprimem diversos documentos que, muitas vezes, não precisam ter fisicamente. Pessoas usam um tamanho considerável de folha para anotar algo breve. Outros nem imaginam em aproveitar o verso da mesma como forma de economia.

O problema é que milhares de árvores são cortadas para a produção do papel e que, mesmo nesse processo, há desperdícios. O pior, na verdade, talvez nem seja isso, e sim, na falta de reflorestamento. É bom lembrar que tal recurso natural tem outros fins como a criação de oxigênio, essencial para a respiração das plantas e dos seres humanos, e também é fundamental para o equilíbrio climático. É aí que surge o papel de cada pessoa.

Cada um de nós pode fazer a sua parte para colaborar com a saúde do meio ambiente. Primeiro, reunir uma quantidade razoável de folhas, utilizando-as enquanto possível. Depois, isso tudo pode ser reciclado. Aliás, pode até ser utilizado como fonte alternativa de renda, mesmo oferecendo um baixo retorno financeiro; mas sempre, proporcionado um bem muito maior para o verde do planeta.

Outro ponto interessante é plantar. Além da beleza natural desta bênção de Deus, ela colabora para o bem estar de todos e, de alguma forma, para a manutenção do ecossistema. Em vários momentos, esses detalhes de economia, reciclagem e plantio são deixados de lado. Ser cristão é também amar a natureza e se preocupar com o futuro das próximas gerações. Que tal ter uma nova atitude diante dessa adversidade? Viva ao meio ambiente!

Thiago Thomaz Puccini


Fé e compromisso Social

Fé e compromisso Social
Plebiscito popular pelo limite da propriedade da terra
Coloque limites em quem não tem!

Os Plebiscitos Populares estão se tornando uma tradição no movimento popular brasileiro.

Em 2000 dissemos “NÃO” ao pagamento da dívida; em 2002, dissemos “NÃO” à ALCA (Área de Livre Comércio das Américas); em 2007 dissemos “NÃO” à privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Em 2010, por iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de mais de 100 entidades (igrejas, sindicatos, movimentos populares e outros organismos), realizaremos durante a semana da pátria, de 1 a 7 de setembro de 2010, o quarto plebiscito popular para consultar a população sobre se deve ou não estabelecer um limite para a propriedade da terra no Brasil.

O objetivo do plebiscito é demonstrar ao Congresso Nacional que o povo brasileiro deseja que se inclua na Constituição um novo inciso limitando a propriedade da terra – princípio adotado por vários países capitalistas – a 35 módulos fiscais. Áreas acima disso seriam incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária. Um módulo fiscal pode variar de 5 a 110 hectare, dependendo do município e das condições de solo, relevo, acesso etc.

É considerada pequena propriedade o imóvel com o máximo de quatro módulos fiscais; média, 15; e grande, acima de 15 módulos fiscais. Portanto 35 módulos fiscais equivalem a 3.500 ha. Lembremos que 1 hectare é igual a 10 mil metros quadrados. Então somente propriedades com mais de 35 milhões de metros quadrados de área terão que se enquadrar ao limite estabelecido.

No Brasil somente 50 mil das 5 milhões de propriedades rurais se enquadram nesse limite. Convém ressaltar que a maior parte dos alimentos da mesa do brasileiro provém da agricultura familiar. Ela é responsável por toda a produção de verduras; 87% da mandioca; 70% do feijão; 59% dos suínos; 58% do leite; 50% das aves; 46% do milho; 38% do café; 21% do trigo.

Por isso, vote! Exerça sua cidadania e mostre que, juntos, podemos conquistar o que é de direto de todos os brasileiros e brasileiras! Diga “SIM” ao limite da propriedade da terra rural!

Mais informações em www.limitedaterra. org.br

Antonio Corda, Agente de pastoral
antonio.corda@terra.com.br


Eleições 2010

“Ai daqueles que fazem decretos injustos e daqueles que escrevem apressadamente sentenças de opressão, para negar a justiça aos fracos e fraudar o direito dos pobres do meu povo, para fazer das viúvas a sua presa e despojar os órfãos” (Is 10,1-2).

A internet pode nos ajudar a obter informações e votar conscientemente. Alguns portais da na web apresentam as mais diversas notícias, informações, artigos, entrevistas os quais podemos associar aos valores evangélicos. Dessa associação poderemos votar em pessoas e/ou partidos comprometidos com o povo.

Neste ano votaremos na seguinte sequência:
1) Deputado estadual;
2) Deputado federal;
3) Senador – Primeira vaga;
4) Senador – Segunda vaga;
5) Governador;
6) Presidente.

Note bem: votaremos em um deputado estadual, um deputado federal, dois senadores. Esses são aqueles que devem fiscalizar os governadores (dep. estaduais) e o presidente, além de proporem ou revogarem leis. Portanto, tenhamos em mente o texto bíblico acima para votarmos em pessoas que estejam comprometidas com a justiça vida.

Eis alguns portais, então, que podem nos ajudar:
1) www.fichalimpa.org.br – Fruto de uma campanha de assinaturas, que possivelmente você também participou, a lei da ficha limpa já foi aprovada e sancionada e o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que vale já para as eleições deste ano. É organizado pela A Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (ABRACCI) e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Somente são cadastrados candidatos que pedem e são aprovados segundo esta lei.

2) www.mcce.org.br – O movimento de combate a corrupção eleitoral se fortaleceu na campanha de assinaturas anterior que resultou na lei 9840. Há diversas notícias, especialmente sobre as denúncias de corrupção por todo o Brasil.

3) www.cbjp.org.br – Comissão Brasileira de Justiça e Paz – Órgão vinculado a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB).

4) www.excelencias.org.br – Mantido pela Transparência Brasil – Acompanha todos os gastos de governos, assembléias legislativas e políticos. Nele, possivelmente, poderá conferir os gastos de seu/sua candidato/a caso já tenha exercido algum cargo público.

Você poderá ter informações a partir de documentos oficiais de todo o Brasil.

5) www.votoconsciente.org.br e www.institutoagora.org.br. Dois portais que acompanham os políticos do estado de São Paulo. Neles pode-se ter acesso aos trabalhos dos atuais vereadores da capital e dos deputados estaduais. Portanto, se são candidatos, certamente temos informações sobre eles.

Há outros como os dos tribunais eleitorais, especialmente o do TSE (www.tse.gov.br). A internet nos oferece muitas possibilidades. Apenas permaneça atento para que entre em portais sérios e tenham informações checadas e confirmadas. E vote com consciência, pois como diz o lema da campanha pela lei contra a corrupção eleitoral (lei 9840):

“Voto não tem preço. Tem conseqüências”!

Miguel Mota


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