Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

Por mais vocações

A história de dois religiosos da nossa comunidade mostram as dificuldades e alegrias de quem escolheu a vocação do sacerdócio que, em nosso país, precisa crescer

Desde pequeno José Eduardo Paixão, de 28 anos, gostava de frequentar a Igreja. O ambiente acolhedor e de vida em comunidade encantavam o jovem menino que, mesmo sem que os pais o acompanhassem, fazia questão de ir as missas e atividades paroquiais. Quando chegou ao ensino médio, o adolescente foi chamado pelo padre para frequentar encontros vocacionais. Talvez ser padre fosse o destino daquele garoto tão dedicado e religioso. José não só gostou da ideia, como passou a frequentar diversos encontros e tentar, pelo menos três vezes, entrar em um seminário. Mas, a decepção chegou quando, em três tentativas nenhuma foi bem sucedida e então, já em período de vestibular, o jovem foi fazer faculdade de enfermagem, considerando que talvez aquela pudesse ser a vontade de Deus. Já aos 21 anos, e formado como enfermeiro, Paixão não conseguia desistir da ideia de ser padre, foi quando conheceu padre Valdecir dos Missionários do Sagrado Coração e, finalmente, começou seus estudos para se tornar um padre da Igreja Católica. “A vontade Deus consistia em ser amado e amar”, diz Fratér José Eduardo Paixão.

Destinos como o de José Eduardo estão ficando cada vez mais raros no Brasil e no mundo. No país considerado de maioria católica não há hoje ao menos um padre por município. E isso se deve principalmente de acordo com padre Reuberson Ferreira à falta de formação religiosa nas famílias “Hoje, a dificuldade de uma formação religiosa familiar faz com que muitos não ouçam o chamado para o sacerdócio. Não se fala sobre vontade de Deus para a nossa vida nas famílias, uma vontade que contemple a vocação religiosa ou qualquer outra vocação.”

O incentivo da família

Ao contrário de décadas passadas, quando grande parte das vocações eram incentivadas pela família, hoje a maioria dos seminaristas ingressam já maduros, depois dos vinte anos de idade nos seminários e dizem descobrir sua vocação em comunidades eclesiásticas ou mesmo no convívio com a Igreja. A possibilidade da vida sacerdotal hoje é raramente cogitada como o futuro dos filhos.

Padre Reuberson também sua descobriu sua vocação bem cedo. Aos 12, o menino do interior do Maranhão já tinha certeza que seguiria a vida religiosa. E aos 17 anos começou os estudos no seminário, o que surpreendeu de certa forma sua família. “ Meu pai não  entendia muito meu desejo, mas deixava que eu seguisse. Julgo que ele não achava que isso fosse dar em muita  coisa. Já os amigos da escola, faziam chacota do meu desejo”, diz padre Reuberson. Com o tempo, e observando o talento do jovem para vocação, todos acabaram apoiando a ideia de Ferreira.

Assim como padre Reuberson, o frater José Eduardo surpreendeu seus amigos e familiares quando anunciou sua entrada ao seminário. Os colegas da Igreja, que tanto o incentivavam a seguir o sacerdócio, se colocaram contra a decisão de José. Já seus pais, de quem ele esperava a resposta negativa, acabaram o apoiando. “Nunca me esqueço das palavras que minha mãe usou no dia da visita do padre em nossa casa ela disse: ‘iremos sofrer com a distância, mas se esta é a vontade nós o deixaremos ir para o seminário’ “, diz .

Na batalha dos estudos e da dedicação para a vocação que escolheram, ambos conquistaram o sucesso na vida religiosa. Fráter José Eduardo está a pouco de se tornar padre e Reuberson é hoje o vigário do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração. Para uma igreja que tenha ainda mais religiosos, José acredita no poder das comunidades . “A vocação Sacerdotal é um sentido de Vida, doada, gasta, entregue pelo Reino de Deus. As comunidades que buscam ser vivas em todas as suas dimensões, tornam-se celeiros naturais de vocações”, diz. Já para padre Reuberson o incentivo a vocação está na oração, na família e na sociedade. “Creio que a oração em primeiro lugar; Depois as Famílias terem consistência e falarem também de vocação aos seus filhos e , por fim, inversão de valores em nossa sociedade “, conclui.

Aline Imercio


Os tratamentos da Depressão

Tristeza, sensação de inutilidade, desânimo, perda de energia e de sono. Esses são apenas alguns dos sintomas da doença considerada o mal do século: a depressão. Por muitos anos o sofrimento de uma pessoa com depressão foi visto como tristeza passageira, que não requer acompanhamento médico. Mas, graças aos avanços da medicina a depressão vem se tornando uma doença cada vez reconhecida e também, com tratamentos mais avançados.

Até o ano de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, e diante dessa preocupação o que não faltam são investimentos na ciência para melhorar amenizar os sintomas da depressão. Os remédios antidepressivos estão como primordiais nessa lista. Indicados só sobre prescrição médica, esses medicamentos atuam principalmente no combate aos sintomas da doença, como insônia e ansiedade. Mas vale lembrar, que esses remédios são de uso controlado e somente podem ser indicados por um psiquiatra, diante do grau do quadro depressivo.

Outra descoberta, que começa ver os testes evoluírem no Brasil é a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT). A EMT consiste em uma terapia que tem como base a análise de áreas do cérebro ligadas aos distúrbios a serem tratados, depois deste mapeamento, são traçados os locais onde se receberá o impulso magnético. O tratamento só pode ser realizado com autorização médica, e é indicado principalmente a pacientes que são refratários aos antidepressivos ou tem alucinações auditivas residuais.

No geral, de acordo com o médico Drauzio Varella, no artigo sobre Depressão em seu portal, a indicação é de que os familiares das pessoas depressivas estejam atentos sempre ao seu comportamento e evitem que essas pessoas fiquem isoladas, ou em longe convívio da sociedade. É importante e primordial também que o depressivo tenha um acompanhamento psicológico, já que em alguns casos a depressão consegue ser amenizadas somente com o tratamento psicoterapêutico. Aliadas ao tratamento médico, a Fé e a espiritualidade também podem auxiliar e muito na superação da depressão e outras doenças. De acordo com um estudo do Instituto Dante Pazzanese, além de serem mais otimistas em um tratamento, os religiosos também se afastam de perigos que agravam as doenças como álcool, drogas e pensamentos suicidas.

Fontes: g1.globo.com/bemestar; drauziovarella.com.br; acrítica.uol.com.br 

Depressão ainda é uma doença mal compreendida

Cerca de 850 mil pessoas morrem por ano por conta da doença

Aline Imercio

 


Nota da CNBB sobre a realidade atual do Brasil

“Pratica a justiça todos os dias de tua vida e não sigas os caminhos da iniquidade”

(Tb 4, 5)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 10 a 12 de março de 2015, manifesta sua preocupação diante do delicado momento pelo qual passa o País. O escândalo da corrupção na Petrobras, as recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo Governo, o aumento da inflação, a crise na relação entre os três Poderes da República e diversas manifestações de insatisfação da população são alguns sinais de uma situação crítica que, negada ou mal administrada, poderá enfraquecer o Estado Democrático de Direito, conquistado com muita luta e sofrimento.

Esta situação clama por medidas urgentes. Qualquer resposta, no entanto, que atenda ao mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e desvia-se do caminho da justiça. Cobrar essa resposta é direito da população, desde que se preserve a ordem democrática e se respeitem as Instituições da comunidade política.

As denúncias de corrupção na gestão do patrimônio público exigem rigorosa apuração dos fatos e responsabilização, perante a lei, de corruptos e corruptores. Enquanto a moralidade pública for olhada com desprezo ou considerada empecilho à busca do poder e do dinheiro, estaremos longe de uma solução para a crise vivida no Brasil. A solução passa também pelo fim do fisiologismo político que alimenta a cobiça insaciável de agentes públicos, comprometidos sobretudo com interesses privados. Urge, ainda, uma reforma política que renove em suas entranhas o sistema em vigor e reoriente a política para sua missão originária de serviço ao bem comum.

Comuns em épocas de crise, as manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. O que se espera é que sejam pacíficas. “Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e Instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva, que leva ao seu descrédito” (Nota da CNBB 2013).

Nesta hora delicada e exigente, a CNBB conclama as Instituições e a sociedade brasileira ao diálogo que supera os radicalismos e impede o ódio e a divisão. Na livre manifestação do pensamento, no respeito ao pluralismo e às legítimas diferenças, orientado pela verdade e a justiça, este momento poderá contribuir para a paz social e o fortalecimento das Instituições Democráticas.

Deus, que acompanha seu povo e o assiste em suas necessidades, abençoe o Brasil e dê a todos força e sabedoria para contribuir para a justiça e a paz. Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda pelo povo brasileiro.

Brasília, 12 de março de 2015.

Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luis do Maranhão – MA

Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário Geral da CNBB


“Eu vim para servir” … (Mc 10,45)

CF 2015Em 2015, a Igreja Católica Apostólica Romana celebra o 50º aniversário de encerramento do Concílio Vaticano II, realizado de outubro de 1962 a outubro de 1965. Tratou-se do evento mais marcante da Igreja no século 20.

A comemoração deste aniversário está sendo ocasião para recordar personalidades importantes do Concílio, como os papas João XXIII e Paulo VI; mas também para voltar às grandes intuições e orientações dessa “assembleia geral” do episcopado católico de todo o mundo. De fato, os ensinamentos conciliares ainda estão longe de serem plenamente postos em prática, embora um caminho significativo já tenha sido percorrido nesses 50 anos.

No Brasil, diversos eventos vêm sendo realizados em âmbitos acadêmicos e eclesiais, nos últimos 3 anos, para comemorar esse cinquentenário. Para 2015, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promovendo uma reflexão mais ampla, em nível popular, sobre o Concílio, através da Campanha da Fraternidade (CF). Com o tema – “fraternidade: Igreja e sociedade” –, e o lema – “eu vim para servir” –, a Campanha aborda a relação Igreja-sociedade à luz da fé cristã e das diretrizes do Concílio Vaticano II.

A CF parte de dois pressupostos fundamentais para a vida cristã e centrais no Concílio: a autocompreensão da própria Igreja; as implicações da fé cristã para o convívio social e para a presença da Igreja no mundo. Em outubro de 1963, na abertura da segunda sessão do Concílio, o papa Paulo VI expressou isso nas duas perguntas feitas no seu discurso aos participantes: Igreja, que dizes de ti mesma? Igreja, dize qual é tua missão? Os 16 documentos conciliares respondem a essa dupla interpelação.

De fato, o Cristianismo, vivido pela Igreja Católica, é uma religião histórica e não apenas sapiencial, embora também tenha esta conotação. Além de transmitir ensinamentos a serem acolhidos pessoalmente, sua proposta também é levar a uma prática social e histórica, onde suas convicções e ensinamentos sejam traduzidos em expressões de cultura e formas de convívio social.

A autocompreensão da Igreja aparece, sobretudo, no documento conciliar Lumen gentium (A luz dos povos): ela entende ser formada por todos os que aderem a Cristo pela fé no Evangelho e pelo batismo; assim, mais que uma instituição juridicamente estruturada, que não deixa de ser, ela é um imenso “povo de Deus”, presente entre os povos e nações de todo o mundo, não se sobrepondo a eles, mas inserindo-se neles, como o sal na comida, ou como o fermento na massa do pão. Portanto, a identificação pura e simples da Igreja com os membros da hierarquia é insuficiente e inadequada; ela é a comunidade de todos os batizados, feitos discípulos de Jesus Cristo e testemunhas do seu Evangelho.

A partir desse princípio, entende-se que uma das grandes questões assumidas pelo Concílio tenha sido a superação da visão dicotômica – “Igreja-mundo”. Isto se desdobra no esforço da Igreja de abrir-se ao diálogo com o mundo, de estabelecer uma relação fecunda com as realidades humanas, acolher o novo e o bem que há em toda parte, partilhar as próprias convicções, contribuindo para a edificação do bem comum, colocando-se ao serviço do mundo, sem ser absorvida por ele.

O documento conciliar que melhor expressa esta postura é a Constituição Pastoral Gaudium et spes (A alegria e a esperança…), aprovado e promulgado por Paulo VI em 1965, às vésperas do encerramento do Concílio. Este texto denso inicia com as palavras paradigmáticas: “a alegria e a esperança, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”.

Nele aparece a visão cristã sobre o mundo e o homem, sua dignidade, sua existência e sua vocação; reflete-se sobre a comunidade humana e as relações sociais, o sentido do trabalho e da cultura e sobre a participação da Igreja, enquanto “povo de Deus” inserido na sociedade, na promoção do bem de toda a comunidade humana.

Os cristãos e suas organizações tomam parte da história dos povos e da grande família humana. E a Igreja, “povo de Deus”, fiel à missão recebida de Jesus Cristo, quer estar a serviço da comunidade humana, não zelando apenas pelos seus projetos internos e seu próprio bem. O papa Francisco vem recordando isso constantemente nos seus pronunciamentos: que ela precisa ser “uma Igreja em saída”, uma “comunidade samaritana”, ou como “um hospital de campo”, para socorrer e assistir os feridos… Mas também quando diz que a Igreja não pode se omitir, nem abster de dar sua contribuição para a reta ordem ética, social, econômica e política da sociedade.

O pressuposto teológico e antropológico dessa preocupação do Concílio é a convicção de que a humanidade constitui uma única grande família de filhos de Deus e de irmãos entre si. Por isso mesmo, o empenho em favor da dignidade e dos direitos humanos fundamentais de cada ser humano, bem como na edificação da justiça social, da fraternidade entre todos e da assistência a toda pessoa necessitada, é parte integrante da sua missão, bem como da vida cristã coerente de cada membro da Igreja.

A CF vai retomar essas intuições fecundas do Concílio e propô-las novamente à reflexão no contexto brasileiro, durante o ano de 2015, especialmente no período da Quaresma, em que se prepara a celebração da Páscoa cristã. O lema – “eu vim para servir” retoma as palavras de Jesus: “eu não vim para ser servido, mas para servir e para entregar a minha vida pela salvação de todos” (Mc 10,45). A promoção do verdadeiro espírito fraterno no convívio social é, sem dúvida, um importante serviço à sociedade.

Por Cardeal Odilo Pedro Scherer – Arcebispo de São Paulo (SP) – Publicado em O São Paulo


O que é a Fé?

FÉFé tem duas origens, a primeira deriva do termo grego “pistia”, que quer dizer acreditar. Este é o significado mais usual, entretanto ainda incompleto, pois não basta crer, é necessário também compreender a razão pela qual se crê. Esta é a chamada fé raciocinada. Antes de ser uma contradição, como podem pensar alguns, o uso da razão solidifica a fé, pois ao analisarmos o objeto de nossa fé, compreendo-o e aceitando-o, estamos criando alicerces que tornarão nossa fé inquebrantável, fortalecendo-nos frente aos desafios mais árduos. Por outro lado, a fé sem a razão é frágil, está sujeita a ser desfeita e pode, frente ao menor abalo, desmoronar. Ou ainda pior, esta fé irracional pode nos conduzir ao fanatismo, a negação de tudo que seja contra o nosso ponto de vista. Com esta postura, nos arriscamos a cometer grandes desatinos, visto que, com nossos olhos fechado à razão, poderemos esta defendendo grandes mentiras, e negando grande e redentoras verdades.

A outra origem da palavra fé vem do latim, “fides”, que também possui o sentido de acreditar, mas agrega a este, o conceito de fidelidade, ou seja, é necessário que sejamos fieis ao objeto de nossa fé, falando em fé religiosa, estamos falando em Deus, portanto é preciso que sejamos fieis a Deus e isto só é possível seguindo os seus preceitos: ‘Amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos.’ Tomando por base esta compreensão percebemos que não basta ficarmos recolhidos, rezando, estudando os textos sagrados ou contemplando os céus. Praticando uma fé passiva. Lembrando as palavras do apóstolo Tiago: ‘Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.’ (Tiago, 2:14 a 17).

Cristiane Silva


Para viver a Quaresma de verdade

QUARESMANa igreja, nós vivemos o tempo litúrgico que vem atualizar para nós a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. Somos chamados a arrepender-nos de nossos erros, a parar de olhar somente os defeitos dos outros e olharmos para nós mesmos.

A Quaresma dura 40 dias: começa na 4ª feira de cinzas e vai até o Domingo de Ramos, quando se inicia a Semana Santa, a transição da Igreja para o Tempo Pascal. É assim, pois na Bíblia o número 40 é especial: nos lembra dos 40 dias de dilúvio, os 40 anos do povo judeu no deserto, os 40 dias de Moisés e Elias na Montanha, os 40 dias de Jesus no deserto antes de começar sua vida pública.

Um tempo especial de perdão e reconciliação. Se você estava adiando a hora de se reconciliar com alguém, o tempo é agora e já! Não adie mais! Não deixe a graça passar! É tempo de perdoar e pedir perdão. Arrancar do coração todo ódio, rancor, inveja e apegos que nos põe contra Deus e contra os irmãos.

Mas como eu faço isso? Parece tão difícil esquecer o mal que fulano me fez… Perdoar não quer dizer que eu não sinto mais a dor de ter sido machucada, isso nós vamos sentir mesmo. Perdoar é não planejar vingança, não desejar o mal, não ficar emburrada e fechar a cara, mas rezar pelo fulano, mandar bênçãos…

Um bom momento para Penitência, Caridade e Jejum – em especial na 4ª feira de cinzas e na 6ª feira da Paixão é dia de jejum e abstinência. Em Isaías 58 versículos 6-8, Deus vem nos falar qual é o jejum que mais lhe agrada e que todos podemos cumprir. É tempo de praticar tudo o que Ele diz. Estes jejuns e sacrifícios unem nosso corpo e nossa alma na intenção de repararmos nossos pecados.

Lembre-se de que os bens deste mundo estão para nos servir e não para nos dominar. Não pense só no jejum desse ou daquele alimento diferente, pois muitos aproveitam a desculpa porque só querem emagrecer e não pensam na fé. Você pode fazer o jejum do seu tempo em favor do irmão, dos seus avós que faz tempo que você não visita, daquela pessoa que está doente e você não teve tempo nem de telefonar… Pode fazer um trabalho voluntário. Você pode renunciar a gastos mais supérfluos e enviar este dinheiro economizado para uma obra social. Você pode ficar sem fofocar no telefone, não falar mal dos outros, não criticar ninguém, não se meter na vida dos outros, não falar palavrão… E, muito importante: sempre que você estiver jejuando, que seu rosto esteja alegre e só você saiba que está jejuando.

É, sobretudo, um tempo especial para conhecer e amar o mistério da Cruz de Jesus, para que possamos também aprender a carregar nossa cruz com amor, esforço e alegria e chegarmos junto com Jesus à ressurreição. Assim, somos chamados repensar a nossa vida e em que precisamos mudar, para buscar uma conversão espiritual mais profunda e sincera, de ter atitudes cristãs que nos façam mais parecidos com Jesus.

Cristiane Silva


Na correria, um tempo para Deus

TEMPOO que direi não é uma novidade. Atualmente, a vida é muitíssimo corrida para nós, especificamente os jovens. É acordar “no susto”; tomar o café da manhã apressadamente e vestir-se para os afazeres; trabalha-se, diversas vezes, intensamente durante o dia; no momento dos estudos, a preguiça bate à porta ou o cansaço já tomou conta; e no fim de semana, para os alunos dedicados, geralmente boa parte do tempo é destinada ao diálogo com os livros. Qual rapaz ou moça não se vê em algumas dessas situações ou até em outras não mencionadas?

A juventude encontra-se afogada em atividades. Aqueles que buscam a Deus de todas as formas, que lutam incansavelmente para vencer o pecado, com certeza já se perguntaram: “Como posso melhorar meu relacionamento com o Senhor? Quero subir degraus de santidade”!

Para os determinados, apresento propostas as quais não são as melhores. Entretanto, são caminhos para se explorar e ver qual é ou quais são os mais adequados para os variados contextos.

A princípio, pode-se partir do excesso, em muitas oportunidades, relacionados à coisas descartáveis ou até irrelevantes. Por exemplo, a internet. Esta geração é conectada e ouso dizer que viciada na web de modo geral. Analise seu caso: “estou deslocando meu tempo útil para algo sem objetivo que valha a pena”? Isso pode contextualizado em outros casos, como a TV, a leitura e outros lazeres. É preciso deixar claro: nem tudo é ruim. Há de ser consciente nas decisões. Contudo, como São Paulo diz: “nem tudo me convém”.

A partir disso, ou paralelamente à primeira sugestão, pode-se verificar: “qual é meu tempo disponível?”. Podem ser viagens de ônibus/trem, intervalos durante (ou após) o trabalho e os estudos, antes do jantar… enfim, qual é o seu momento oportuno?

Há também situações ociosas e desnecessárias. Realmente, há momentos em que não se quer fazer nada, isto é bom do ponto de vista do nível de cansaço. Contudo, me refiro àquela hora preguiçosa. Por que não se dedicar de fato?

Observa-se que há três contextos principais: Mal uso do tempo; tempo disponível; tempo ocioso. Logicamente, as situações se estendem, tomando diversas formas…

Agora, diante disso, “como posso trabalhar em prol da minha amizade com Deus”? Ore, peça ao Senhor esta luz; apresente a Ele seu interesse. Aos poucos, serão descobertos: aqueles determinados minutos serão bem utilizados para o Terço Mariano ou da Providência, para uma conversa franca com o Pai, ou quem sabe destinados à leitura da palavra; Foi revelado um horário livre, flexível em que pode se ir à missa. O jejum pode ser resultado da reflexão e da oração e consegue-se uma chance de aplicá-lo em meu cotidiano… enfim. O interessante, é relevante lembrar, é que a fecundidade do seu dia venha da manhã. O que quero dizer é: nada melhor como começar um dia entregando tudo a Jesus e a Maria! Eis que surge a alegria!

Aguente firme e vá adiante!

Thiago Puccini


Seus problemas são menores que do que você pensa!

Madre Tereza“Se olhar a sua volta e observar os fardos que outros estão carregando, vai perceber que a vida tem sido generosa com você.” (Madre Tereza de Calcutá)

Em ocasiões desafiadoras de nossa vida, ficamos receosos e temerosos porque nos sentimos inferiores e incapazes. Em um momento extremo, sentimo-nos como o pó. Geralmente, sentimo-nos assim quando o desafio envolve algum tipo de competição como, por exemplo, vestibulares, concursos públicos e entrevistas de emprego, mas também temos sentimentos semelhantes quando precisamos falar em público.

Quando nos sentimos inferiores e incapazes, tendemos a supervalorizar os problemas, de forma que entramos para a batalha já com a bandeira branca na mão, a fim de tentar reduzir a destruição que pensamos que iremos sofrer. Nestas situações, tornamo-nos resmungões e desanimados como aquela hiena Hardy, dos desenhos da Hanna-Barbera: “Oh céus, oh dia, oh vida, oh azar!”.

A palavra “problema” não deve fazer parte do vocabulário de uma pessoa. Um problema, na maioria das vezes, é visto como uma desvantagem, uma luta ou uma situação difícil. Mas quando encarado como um desafio, pode se transformar em algo positivo, como uma oportunidade. Sempre que você enfrentar um obstáculo, pense-o como um desafio.

Em geral, os problemas são menores do que parecem e a sua capacidade de superá-los é bem maior do que você pensa. A somatória dessas duas afirmações pode facilitar muito a sua vida.

Cristiane Silva.


Cristo-Rei e o legado do Ano da Fé

CRISTO REIEm 24 de novembro deste ano celebraremos o dia de Jesus Cristo Rei do Universo. Esta importante data no calendário da nossa Igreja encerra, normalmente, o ciclo de todos os anos litúrgicos – lembrando que, a partir do domingo seguinte, terá início o Advento que é a abertura do ano litúrgico de 2014.

Juntamente com o ano litúrgico, o dia de Cristo-Rei também encerrará o Ano da Fé. Este ano, que se iniciou em 11 de outubro de 2012 no Vaticano, inaugurado pelo atual Papa emérito Bento XVI, chamou o povo de Deus a refletir com mais intensidade ainda sobre os rumos da nossa própria Fé.

E, de fato, os meses que se passaram nos proporcionou inúmeros momentos dignos de oração, aprendizado e evolução para isso: além dos diversos eventos realizados nas dioceses e suas paróquias, neste Ano da Fé presenciamos a passagem de comando da Igreja, do Papa Bento XVI para o Papa Francisco. E, com essa passagem, seguiu adiante a realização de todo o calendário proposto a este Ano da Fé, inclusive a bem-aventurada Jornada Mundial da Juventude (23 a 28/07/2013).

O legado que Ano da Fé deixa é bem amplo, mas podemos resumir em uma só referência: seguir com mais força ainda a Jesus Cristo. Todos os esforços e sacrifícios da Igreja Católica neste ano especial foram para que o Santo Nome de Jesus seja anunciado com mais força e que a Igreja expanda, além das comunidades, o foco central nEle. O Ano da Fé termina neste mês mas nos convida, pelos próximos anos, a fazer de nosso povo um grande grupo reunido para a Comunhão e para crer e viver de verdade o que Cristo-Rei nos ensina.


Respeito pelo outro começa por si mesmo

RESPEITOAquele que tem coragem, honestidade e respeito ao próximo tem como rotina pequenas e grandes realizações!

Não tente adivinhar o que as pessoas pensam a seu respeito. Faça sua parte, doe-se sem medo. O que importa mesmo é o que você é, mesmo que outras pessoas não se importem. Atitudes simples podem melhorar sua vida.

Não julgue para não ser julgado… Um covarde é incapaz de demonstrar amor. Isso é privilégio dos corajosos.

Rir muito e com freqüência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu.

Encarar a vida de uma forma mais simples, e aproveitar do melhor que Deus nos proporciona a cada dia.

O respeito implica reconhecer que cada ser vale por si mesmo, porque simplesmente existe. Pior que um corpo sujo é uma alma podre, sem sentimentos, sem respeito ao próximo, uma alma capaz de tirar a alegria de outras matando os sonhos mais amados.

Pense grande a respeito de si mesmo e o mundo achará que você é aquilo que pensa. Valorize os amigos e respeite seus adversários!

Cristiane Silva


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