Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

“Esse é apenas o começo da Igreja para buscar a dimensão da Misericórdia de Deus”

padre-valdecirSempre muito simpático e cheio de brilho nos olhos ao falar da fé, Padre Valdecir Soares Santos, MSC, segue sua vocação na igreja há 13 anos e está em nosso Santuário há um ano e nove meses. À frente da maioria das atividades da igreja, o sacerdote maranhense fala com alegria do Ano da Misericórdia no Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração: “Me sinto muito grato por estar na Igreja que acolheu a porta Santa da Misericórdia!”, e foi sobre o ano jubilar que o padre conversou com o Jornal Santuário de Maria nesta entrevista exclusiva:

Jornal Santuário (JS): Qual o balanço que o senhor faz sobre o Ano Santo da Misericórdia na Igreja Católica?

Pe. Valdecir: O Ano Santo da Misericórdia foi instituído pelo Papa Francisco no dia 11 de abril de 2015, com a pretensão de que cada um de nós devemos nos despertar para a “misericórdia de Deus”. Ela que nos abraça, não enxergando quem somos, o que fazemos ou deixamos de fazer, essa misericórdia que está sempre ao nosso alcance.

O ano teve uma boa repercussão, mas também mostrou que talvez não estejamos conscientes ainda dessa grandeza da misericórdia divina. Acredito que poderia ser mais abrangente, algo na dimensão da vivência. Quantas vezes, temos mais consciência de um Deus que pune, um Deus que castiga, que pode não acolher, e pouca consciência da misericórdia de Deus, que abraça e acolhe todas as pessoas.

JS: Falta, então, entendermos melhor a didática da Misericórdia, o que ela significa?

Pe. Valdecir: Acredito que não seja uma questão de didática, mas sim de vivência. Temos a visão de uma igreja punitiva, cheia de normas e regras, mas pouca dimensão de uma igreja misericordiosa, mas isso não significa que ela não seja misericordiosa.

O Papa Francisco fala da necessidade de uma Igreja que busque a misericórdia, não uma Igreja que esteja sempre bonitinha e direitinha, mas sim uma Igreja enlameada, no sentido que se suja porque vai resgatar aqueles que estão na miséria, que não se fecha para isso, que busca a ovelha perdida e que, sobretudo, quer alcançar a todos e não só aqueles que estão ao seu redor.

A misericórdia de Deus não vê apenas a pessoa em si, mas especialmente a vida, que recebeu como dom de Deus. Misericórdia tem o significado de miséria e de córdia, que quer dizer coração. Um Deus que vem com um coração amoroso sobre as nossas misérias e nos acolhe.

Nosso Deus é exigente, ele não se contenta com 99 ovelhas, ele quer as 100. Quantas pessoas estão precisando de uma palavra? Tem uma história de vida sofrida e precisam da misericórdia em suas vidas? Uma coisa muito simples é um abraço, quantas pessoas estão carentes de abraço e o quanto isso pode fazer a diferença na vida de muitas delas? É essa dimensão que a igreja deve buscar.

JS: O que pode ter representado esse Ano Extraordinário da Misericórdia?

Pe. Valdecir: Normalmente, o ano jubilar tem a porta somente lá em Roma, mas o Papa Francisco quis que, pela primeira vez, a Porta da Misericórdia estivesse presente em diferentes regiões do mundo. Ele desejou ter essa maior aproximação entre a Igreja e os fiéis, quis que todos tivessem a oportunidade de ver Porta Santa da Misericórdia de perto e passar por ela.

O Papa Francisco quer despertar no coração de cada um de nós, a consciência de que somos abraçados pela misericórdia de Deus. Misericórdia não vê religião, não vê igreja, não vê raça, não vê condição social. A misericórdia não é falta de dinheiro, você pode ter tudo economicamente, mas ter um coração miserável. Ela acolhe e transforma. Não é só o anúncio da misericórdia de Deus, mas, especialmente, a vivência.

Essa dimensão é muito nova e é apenas o começo de uma longa caminhada da igreja para buscar a misericórdia.

E a dimensão de um Deus que abre e quer acolher a todos. Os fiéis devem se sentir amados por Deus.

JS: E como foi a repercussão do Ano Santo da Misericórdia no Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração?

Pe. Valdecir: Aqui tivemos agendadas 29 peregrinações, 31, se contarmos a abertura e o encerramento da Porta Santa. Acho que foi muito positivo, mas poderia ter sido mais forte e envolvente, porque, talvez, nem todos tenham essa real dimensão da misericórdia de Deus.

É interessante observar que muitos trabalham mais para o povo e menos para si, no sentido de acolher essa graça. As pessoas da própria comunidade acabam ficando mais funcional e menos no vivencial e testemunhal.

Eu vejo, por exemplo, pessoas de fora que entram na igreja, ajoelham na porta, fazem a oração com fé, enquanto as pessoas daqui acabam, muitas vezes, passando por qualquer porta, menos a da misericórdia e quando passam veem apenas uma porta. Tenho uma imagem muito bonita de ter visto uma criança de ajoelhar sozinha e fazer sua oração diante da Porta da Misericórdia, e os próprios pais dessa criança não fizeram isso. Isso é evangelizador.

Acolher bem as pessoas de fora passa pelo “seja bem-vindo”, mas também é preciso demonstrar a fé, dar o exemplo para os que estão chegando. Jesus já falava isso para Marta,

que ela não deveria ficar tão desesperada, mas sim se juntar com Maria para viver em oração. É isso que precisamos viver sermos mais testemunhas, e menos exclusivamente funcionais.

JS: As pessoas procuravam o senhor nesse período para saber o significado da Porta da Misericórdia?

Pe. Valdecir: Muito pouco, a gente falava também bastante nas celebrações do significado do ano e da Porta. É uma palavra que a gente escuta muito, mas também a gente entende pouco. Muitas pessoas se escondem para dizer que conhecem sem conhecer, uma ou outra pessoa me procurou, mas não muitas.

JS: E para o senhor, o que representou ter a Porta da Misericórdia?

Pe. Valdecir: Alguns sentimentos. Quando nós pensamos em solicitar que essa igreja recebesse a Porta da Misericórdia, eu me sentia muito desafiado, quase inseguro, era uma coisa nova. Quando chegou a afirmação que essa igreja receberia a Porta Santa da Misericórdia questionei-me como isso iria se desenvolver, já que era para toda região Belém, foi um novo desafio. Mas, depois de tudo como me sinto hoje? Gratificado, sinto-me bem por ter tido essa oportunidade de estar trabalhando nessa igreja que, por sua vez, foi escolhida para ter a Porta da Misericórdia. Minha avaliação pessoal é muito positiva, vendo que tudo isso é fruto da Misericórdia de Deus.

JS: O senhor gostaria de fazer algum agradecimento aos fiéis que participaram deste ano Santo da Misericórdia?

Pe. Valdecir: Primeiro gostaria de fazer o convite para que todos estejam presentes no encerramento do ano jubilar, que acontece no dia 13 de novembro, às 15h, em nosso Santuário.

Também gostaria de chamar a atenção para que todos continuem ainda mais motivados, já que estamos coroando esse tempo.

Agradecer a todos pela doação, pela entrega, pela gratidão, pela compreensão, pelo esforço dedicado. À confiança provincial que permitiu que tivéssemos aqui a Porta Santa, o senhor Bispo na época Dom Edmar e o cardeal D. Odilo, nosso setor e a região Belém e, no mais, a todos pela disponibilidade e pelo esforço que fizeram. E dizer que o ano é da Misericórdia, mas sabemos que a Misericórdia não tem fim.
Aline Imercio

Fotos: Beto Rocha (Santuátio) e Aline Imercio (Pe. Valdecir)

 

 

 

 

2 anexos


Nova santa para Igreja Católica: Madre Teresa de Calcutá!

Em março deste ano, sua santidade Papa Francisco anunciou a santificação de Madre Teresa de Calcutá. Ela foi canonizada e nomeada Santa Teresa de Calcutá pelo santo padre no dia 4 de setembro, data em que também se comemora o 19º ano de sua morte. Este foi um dos eventos mais importantes do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.

Uma história de fé e bondade 

A história de Madre Teresa de Calcutá começa no dia 27 de agosto de 1910, na Albânia, data do do seu nascimento. A jovem menina Agnes Gonxha Bojaxhiu recebeu um chamado de Deus aos dezoito anos para ingressar na vida religiosa e, com o apoio dos pais, começou a caminhar em sua vocação na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda.

Apesar de amar viver a religiosidade e o evangelho, a jovem menina tinha mais um desejo: sonhava em ter um trabalho social com os pobres da região de Calcutá, na Índia. Suas superioras, que conheciam o desejo missionário, apoiaram a decisão de Agnes, que após a sua profissão religiosa se tornou Teresa (inspirada na humildade de Santa Teresa de Jesus).

Madre Teresa foi à Índia, deu aulas a famílias bem estruturadas, mas também não deixava de sair às ruas e olhar de perto a pobreza e a miséria, a fim de ajudar aos mais necessitados. Teresa sabia que ali estava sua vocação e teve certeza disso, quando ouviu um irmão, no Himalaia, lhe dizer “Tenho sede”. A partir daí, a religiosa se dedicou totalmente à atividade missionária aos mais pobres e fundou a Congregação Missionárias da Caridade, aprovada pelo vaticano em 1950.

Mais tarde, em 1979, Madre Teresa teve seu trabalho reconhecido e ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Faleceu em setembro de 1997.

A ela é atribuído o alcance de alguns milagres, como o do brasileiro de 42 anos que se curou de tumores no cérebro graças a intercessão a Deus de nossa, agora, Santa Teresa de Calcutá.
Aline Imercio


O Frio em São Paulo e a caridade religiosa

Diante das baixas temperaturas na capital paulista, movimentos católicos saem às ruas para distribuir alimentos, roupas e muito amor aos mais necessitados. 

Chegar a sua casa e contar com um lar aquecido e o aconchego dos cobertores. Esse é maior desejo de quem está vivendo o frio intenso, maior dos últimos 22 anos, em São Paulo. Se para muitos passar poucas horas na rua e contar com o frio é incômodo, imagine para os nossos irmãos que moram na rua. Aqueles que, infelizmente, se deparam com a pobreza extrema e são obrigados a improvisar uma cama no meio do asfalto frio são, com certeza, os que mais sofrem neste período.

Mas, em meio a toda essa situação séria que nossos irmãos de rua sofrem, há também movimentos na Igreja Católica prontos para acolher e dar conforto a essas pessoas. Acolhida dos franciscanos para os moradores de rua é um claro exemplo dessa ação. Desde o início de junho, o salão que acolhe o chamado “Chá do Padre”, no Largo São Francisco, abriu suas portas para abrigar os moradores de rua, que passavam as madrugadas frias nas ruas da capital paulista.

Os moradores de rua chegam ao salão franciscano às 19h e contam com a atenção dos voluntários e funcionários do Sefras (Serviço Fransciscano de Solidariedade), que disponibilizam kits de higiene pessoal, tomam banho, ganham roupas limpas, podem jantar e dormir em camas com cobertor no interior do salão. Durante todo inverno o Sefras, com o apoio da Prefeitura de São Paulo, acolherá cerca de 100 pessoas por noite, segundo o portal Franciscanos.org.

Outro trabalho que também dá atenção aos moradores de rua é do projeto “Católicos em missão”. Há três anos, fiéis e voluntários saem em uma quarta-feira por mês rumo à Praça da Sé. A missão deles é levar alimento, roupa e brinquedos para os moradores de rua da região e oferecer a acolhida da casa Missão Belém para aqueles que desejarem sair das ruas. Na época de inverno, a missão ganhou edições extras para a distribuição de roupas e cobertores para os irmãos de rua.

Segundo Wescley Tamiaranda, coordenador do Católicos em Missão, o projeto surgiu da leitura de uma passagem bíblica de Mateus 24,35-40, onde Jesus diz aos discípulos que fazer caridade aos irmãos mais necessitados é fazer a caridade ao próprio Senhor. De acordo com Wescley, essa sensação de todos os meses ajudar crianças, famílias e pessoas que sofrem nas ruas da Praça da Sé é sempre muito positiva. “Participar deste projeto para mim é sempre uma bênção muito grande, porque por meio dos pequeninos do Senhor (os mais necessitados) encontro o próprio Senhor, o que me traz uma grande paz e alegria no coração, pois como diz Tiago a ‘fé sem obras é morta’,” afirma Wescley.

No nosso Santuário, a ação para ajudar os irmãos de rua fica por conta dos participantes da Pastoral da Solidariedade. Uma vez ao mês, os voluntários da pastoral saem às ruas para distribuição de marmitas preparadas no Santuário e, diante do frio, a pastoral, no último dia 25 de junho, também realizou uma ação em que, além das marmitas, levou roupas e cobertores aos moradores de rua.

Com todos esses movimentos a favor dos moradores de rua, é natural que muitas pessoas também fiquem com muita vontade de ajudar, diante do espírito da caridade que a Igreja tanto nos prega e o Papa Francisco tanto nos estimula a sempre praticar. E se você quiser ajudar também esses movimentos que fazem um trabalho tão sério e tão importante aos carentes, confira os contatos abaixo:

Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade)

  • O que doar: aceitam roupas, calçados, produtos de higiene, cobertores e alimentos. Também recebem voluntários para ajudar no atendimento.
  • Como doar: * no Sefras – Rua Hanneman, 352, Pari, São Paulo (SP) – (11) 3291-4433 ou no Chá do Padre – para doações e voluntários
  • * Rua Riachuelo, 238, Sé, São Paulo (SP) – diariamente das 7h às 20h

Católicos em Missão

  • O que doar: aceitam roupas(de adultos e crianças), brinquedos, cobertores, alimentos(banana, pães, sucos e chocolate quente) e doações em dinheiro (para compra dos lanches). Também recebem voluntários para ajuda na missão.
  • Como doar: entre em contato com Wescley, coordenador da missão, através do e-mail wescley32@hotmail.com ou pelo Facebook de Wescley da Silva Tamiarana.
  • Também é possível entrar em contato pelo telefone no 11 98220-1220 (Tim e Whatsapp).

Pastoral da Solidariedade – Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

  • O que doar: alimentos
  • Como doar: A secretaria paroquial do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração recebe as doações, que podem ser deixadas aos cuidados de Miltinho e Geraldo.

 

Pastoral da Solidariedade Católicos em Missão

 

Aline Imercio
Fotos: Arquivo dos grupos


Santa Missa de Acolhida ao Bispo Dom Luiz Carlos Dias

Em 28/05/2016, o Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração, Santuário da Misericórdia neste Ano Jubilar Extraordinário, acolheu com uma linda celebração eucarística o novo Bispo Auxiliar da Região Episcopal Belém, Dom Luiz Carlos Dias, em uma igreja repleta de fiéis e sacerdotes das várias paróquias de nossa região.

Antes de se iniciar a liturgia, Dom Luiz Carlos aspergiu a assembleia recebido com uma salva de palmas juntamente com faixas de acolhida ao novo Bispo da Região Belém..

Em seguida, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, chamou todo o povo a acompanhar a leitura dos documentos oficializando a posse do novo Bispo, mostrando-os para a assembleia. Após este anúncio de Dom Odilo, foram apresentados em outra leitura os trabalhos missionários e pastorais da Região Belém ao Bispo Dom Luiz Carlos.

Durante a homilia, Dom Luiz Carlos contou sobre sua vida e refletiu sobre a missão da Igreja como um todo, à luz do seguimento do Evangelho.

Ao término, Dom Luiz Carlos foi homenageado por uma família representando a Região Episcopal Belém e, em seguida, convidou seus familiares e amigos a subirem ao presbitério, onde seu pai lhe disse algumas palavras de carinho e foi tirada uma foto muito especial.

Dom Luiz Carlos Dias, que Deus abençoe sua nova missão e que Nossa Senhora do Sagrado Coração te proteja!

Agradecemos pela presença de todos os nossos irmãos das paróquias e comunidades da Região Episcopal Belém. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Texto: Juliana Moles​
Fotos: Ewerton Costa​


Região Episcopal Belém dá boas vindas ao seu novo Bispo Auxiliar

padreluizcarlosdiasO Padre Luiz Carlos Dias, do clero de São João da Boa Vista, foi nomeado por Papa Francisco e assume sua nova missão, oficialmente, em maio.

No dia 16 de março de 2016, sua Santidade Papa Francisco fez uma nomeação que muitos aguardavam: a do novo bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo para a região Belém. A nomeação foi dada ao Padre Luiz Carlos Dias, até então membro do secretariado geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do clero da diocese de São João da Boa Vista. Desde novembro de 2015, depois da transferência do então bispo auxiliar Dom Edmar Peron para Paranaguá (PR), aguardávamos seu substituto.

O novo Bispo, Padre Luiz Carlos Dias, nasceu em 16 de setembro de 1964 e é natural da região de Caconde, interior de São Paulo. Foi ordenado sacerdote no ano de 1991 por Dom Tomás Vaqueiro. Estudioso, o padre Luiz Carlos tem cursos de relevância em seu currículo, como o de mestre em Filosofia, concluído em Roma, e de Ética Social, na Alemanha.

Em sua vida de sacerdote, Padre Luiz Carlos foi docente no Instituto de Teologia de São João da Boa Vista, no Instituto de Filosofia da diocese de Guaxupé, no Instituto de Filosofia de São João da Boa Vista e no Instituto de Filosofia da Arquidiocese de Brasília. Entre outras funções, o padre também foi secretário executivo das campanhas da Fraternidade e Evangelização, da CNBB.

Exercendo o novo cargo de bispo auxiliar da Região Episcopal Belém, o Padre Luiz Carlos se junta a outros bispos auxiliares de São Paulo como Dom Julio Endi Akamine (da região da Lapa), Dom Eduardo Vieira dos Santos (da região da Sé), Dom José Roberto Fortes Palau (da região do Ipiranga), Dom Sérgio de Deus Borges (da região de Santana).

O Padre Luiz Carlos Dias é o sétimo a ocupar o cargo de Bispo Auxiliar da Região Episcopal Belém, que começou no ano de 1966 e abrange grande parte das paróquias da Zona Leste. O padre será ordenado Bispo Auxiliar no dia 7 de maio em Caconde, sua cidade natal. No dia 26 de maio, às 9 horas, durante a festa de Corpus Christi, tomará posse na Catedral da Sé e, no dia 28 de maio, nosso Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração será o local da celebração de acolhida da Região Belém ao novo Bispo, Dom Luiz Carlos Dias, às 15 horas.

Aline Rodrigues Imercio

(Fontes: http://www.arquisp.org.br/regiaobelem/noticias/novo-bispo-auxiliar-sera-empossado-na-festa-de-corpus-christi/ http://www.diocesesaojoao.org.br/site/pe-luiz-carlos-dias-e-nomeado-bispo-pelo-papa-francisco/)


Os principais assuntos da Exortação “A alegria do amor”

Saiba os principais assuntos da Exortação “A alegria do amor “ escrito por Papa Francisco

O documento fala do amor com o próximo e toca em assuntos como divórcio e homossexualidade

O Vaticano divulgou uma Exortação Apostólica intitulada “Amoris Laetitia” ou “A alegria do amor”, o texto de mais de duzentas folhas é resultado de dois Sínodos sobre a família (de 2014 e 2015) e traz às principais conclusões que sua Santidade Papa Francisco chegou após eles.

Entre os diversos argumentos do Papa na exortação apostólica há o pedido de menor julgamento, maior respeito e amor entre os cristãos em diversas questões. “Ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor, por isso todo ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam. Diariamente entrar na vida do outro, mesmo quando faz parte da nossa existência, exige a delicadeza duma atitude não evasiva, que renova a confiança e o respeito”, diz o santo padre no texto.

No texto de novo capítulos, o Papa Francisco ainda fala do tema divórcio, o Santo Padre diz que é preciso conservar o amor entre a união e respeitar o matrimônio, mas reconhece que na sociedade atual há situações extremas, em que o divórcio é realizado também para a segurança dos envolvidos. “Por vezes, pode tornar-se até moralmente necessária, quando se trata de defender o cônjuge mais frágil, ou os filhos pequenos, as feridas mais graves causadas pela prepotência e a violência, pela humilhação e a exploração, pela alienação e a indiferença. Mas deve ser considerado um remédio extremo, depois que se tenham demonstrado vãs todas as tentativas razoáveis”.

Outro assunto também comentado pelo Papa Francisco na exortação apostólica foi a questão do homossexualismo. O Papa esclareceu que as famílias, assim que percebem uma tendência homossexual entre um de seus membros devem assegurar para que seja feita a vontade de Deus e que o desrespeito por conta da orientação sexual jamais falte. Disse o Santo Padre: “Com os padres sinodais examinei a situação das famílias que vivem a experiência de ter no seio pessoas com tendência homossexual, experiência não fácil nem para os pais nem para os filhos. Por isso desejo, antes de mais nada, reafirmar que cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar qualquer sinal de discriminação injusta e particularmente toda a forma de agressão e violência”.

Entre outros assuntos da exortação apostólica, o Papa ressaltou a necessidade de reforçar a educação dos filhos em sua formação ética, religiosa e da importância do matrimônio e da família, além de falar para que bispos busquem soluções para diferentes assuntos diante das tradições e desafios de cada local em que atuam.

Para finalizar o Santo Papa deixa uma mensagem para todos os cristãos: “Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida”. E finaliza com a oração da Sagrada Família, que colocamos abaixo:

Oração à Sagrada Família

Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos. Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado. Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do carácter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projeto de Deus. Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Amém.

Aline Imercio


CF-2016: “Casa comum, nossa responsabilidade”

Com o tema que discute o saneamento básico no Brasil, a Campanha da Fraternidade de 2016 é ecumênica e mantém o diálogo entre as religiões na busca da justiça e da igualdade

Aline Imercio

cf2016

Começo do ano, no calendário litúrgico-pastoral católico, entre várias atividades, em meio ao ano da misericórdia, é inevitável não lembrar da Campanha da Fraternidade (CF). Todos os anos a Igreja Católica, no Brasil apresenta um tema que merece atenção e reflexão durante todo o ano. Em 2016 o tema da campanha é “Casa comum, nossa responsabilidade” e é organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). O CONIC é composto pelas seguintes igrejas: A Igreja Católica Apostólica Romana; A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil; e a Igreja Sirian Ortodoxo de Antioquia. Isto acontece há cada quatro anos, desde o ano de 2000, quando celebramos a primeira CF ecumênica. Lembramos, ainda, que nesta edição, três organizações participaram na Comissão da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016: O Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP), Visão Mundial, Aliança de Batistas do Brasil.

Sob o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça que o riacho não seca” (Am 5,24), a campanha tem como objetivo assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas. O saneamento básico é referente ao tratamento de água e esgoto que chega as nossas casas. De acordo com o Instituto Trata Brasil, cerca de 82,5% dos brasileiros tem acesso ao saneamento, o que significa que 35 milhões de pessoas no país não tem acesso ao serviço básico de tratamento de água e esgoto. Por isso há uma preocupação urgente em resolver essa situação, e também por isso a campanha da fraternidade acolhe este tema durante este ano de 2016.

E também por ser ecumênica, a campanha coloca entre seus objetivos a união das igrejas para um bem comum, como diz o trecho publicado no site oficial: “Unir igrejas, diferentes expressões religiosas e pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico”. Algo que vai de encontro com o Papa Francisco prega em muito de seus discursos, que dão ênfase a igualdade entre as religiões e o diálogo para um objetivo comum entre elas.

Outro ponto interessante entre os objetivos da Campanha da Fraternidade de 2016 é o de “estimular o conhecimento da realidade local em relação aos serviços de saneamento básico”, ou seja, mostrar para algumas regiões o que é o saneamento básico e a importância dele para garantir, acima de tudo, a saúde da população.

A campanha também destaca a importância do saneamento básico como responsabilidade pública e não privada e mostra a necessidade dos municípios elaborarem um Plano de Saneamento Básico, onde possam organizar políticas públicas para a melhoria dessa situação. Para se ter uma noção de como é grave o problema de saneamento no Brasil, hoje cerca de seis milhões de pessoas no país não têm acesso a banheiros, e a região onde menos há tratamento de esgoto, segundo o Trata Brasil, é a Norte com somente 14,7% do esgoto tratado.

O lema da campanha, que fala da “Casa Comum” também é destaque. Segundo o site oficial, a casa comum em que devemos ter responsabilidade é aquela onde todos nós convivemos, e essa responsabilidade está relacionada ao cuidado, com os rios poluídos, com o tratamento de esgoto e com atenção a políticas públicas de saneamento.

Por fim, a Campanha da Fraternidade também tem uma oração muito especial, que serve para sempre a façamos durante esse ano e movimentemos a nossa comunidade para essas mudanças sociais e que ajudam o país a viver uma condição melhor. Abaixo confira a oração:

ORAÇÃO OFICIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016

Deus da vida, da justiça e do amor, Vós fizestes com ternura o nosso planeta, morada de todas as espécies e povos.

Dai-nos assumir, na força da fé e em irmandade ecumênica, a corresponsabilidade na construção de um mundo sustentável e justo, para todos.

No seguimento de Jesus, com a Alegria do Evangelho e com a opção pelos pobres.

Dom Pedro Casaldáliga (bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia)


Abertura da Porta Santa da Região Episcopal Belém

Em 13 de dezembro de 2015, todas as Dioceses e Regiões Episcopais tiveram abertas as suas Portas Santas para o Ano da Misericórdia.

Na Região Episcopal Belém, o Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração foi escolhido para ter a Porta Santa que atenderá todas as paróquias de sua Região e ela foi aberta em solenidade realizada às 15 horas, presidida pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer.

A Solenidade de Abertura da Porta Santa da Região Belém teve início na frente do Colégio Nossa Senhora do Sagrado Coração, onde tivemos a acolhida de nosso Arcebispo, a Proclamação do Evangelho e a leitura da Bula do Ano Santo da Misericórdia.

Em seguida, o povo constituído de representantes eclesiais e fiéis de todas as paróquias da Região Belém peregrinaram nas ruas da Vila Formosa até o Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração, onde a Porta Santa foi aberta para todos pelas mãos do Cardeal Arcebispo, Dom Odilo.

Assim que todos os fiéis adentraram no Santuário, foi celebrada a Santa Missa em ação de graças à Abertura da Porta Santa.

Iniciamos, assim, o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia na vida de toda a Região Episcopal Belém! Que seja um tempo de infinitas graças e louvores a Jesus Misericordioso que, com seu poder transformador, haverá de salvar e converter muitas vidas e, também, fará nossos corações Misericordiosos como o Pai!

Jesus Misericordioso, nós confiamos em Vós!!!

Fotos: Renata J. Silva e Rebeca C. Americano


A chamada de Papa Francisco para o Ano da Misericórdia

PORTA SANTA

“Será um Santo Ano da Misericórdia!”. Essas foram às palavras do Papa Francisco ao anunciar em março deste ano a convocação extraordinária do Ano Jubilar da Misericórdia. Durante o ano da Misericórdia, que acontece de 8 de dezembro deste ano a novembro de 2016, fiéis católicos  sob o lema “Sede Misericordiosos com o Pai” podem receber o perdão de suas faltas, e trabalhar ainda mais o testemunho da misericórdia na Igreja. Outra boa notícia é que o ano da misericórdia também está bem próximo de nossos paroquianos, já que o Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração foi escolhido como o Santuário da Misericórdia para a Região Episcopal de Belém.

A celebração de um Jubileu católico, não é novidade. A tradição chega a sua vigésima nona edição, sendo instituído pela primeira vez em fevereiro  de 1300 pelo Papa Bonifácio VIII. A palavra Jubileu vem do latim “iubilum” e significa “grito de alegria”, na Igreja essa alegria se dá pela libertação dos pecados..
Um  Ano de Misericórdia ocorre tradicionalmente na Igreja a cada 25 anos, mas pode ser convocado caso o Papa veja a necessidade, de maneira extraordinária, como Francisco fez.

Segundo o Papa a convocação do Jubilei para este próximo ano se deu principalmente depois de uma reflexão.

“Pensei  muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual, e devemos fazer este caminho. Por isso decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus”, disse o santo padre na ocasião do anúncio do Ano Santo.

O calendário completo da programação do Ano da Misericórdia pode ser visto em um site criado pelo Vaticano, o www.iubilaeummisericordiae.va . Entre as principais atividades está a abertura do Jubileu, que acontece no próximo dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição , e em que as portas da Santa Basílica de São Pedro serão abertas, como símbolo da abertura de um caminho extraordinário par a salvação.

Aline Imercio

Fontes: iubilaeummisericordiae.va e cristaojovem.com


Você lê a Bíblia?

Um livro que foi escrito há muitos anos atrás, é até hoje o mais lido do mundo, provoca debates, traz diversas orações e é todo feito de ensinamentos . A Bíblia é também, sem dúvida, o livro mais conhecido por cristãos e não cristãos e a principal fonte para se conhecer cada vez mais um pouco da religião e da fé. Mas aquela que seria a principal cartilha do cristianismo, ainda não é a lida por todos os fiéis.

Mesmo o Brasil tendo um número considerável de católicos, poucos ainda leem a Bíblia com frequência ou mesmo visitam a Igreja. Muitas vezes, a leitura do livro sagrado se limita a passagens lidas pelo padre durante a missa ou em grupos de oração, são poucos os católicos que fazem realmente a liturgia diária.

A paroquiana Maria Regina Rocha de Lima, de 44 anos é uma católica praticante e que costuma ler o evangelho diariamente “Rezamos o terço todos os dias na minha mãe às 15h00 e após o terço lemos o evangelho do dia e meditamos a palavra”.

Mas Regina ainda é exceção, um estudo publicado pela LifeWay Research, realizado nos Estados Unidos , em 2012, trouxe o dado de que por lá apenas 20% dos cristãos liam a Bíblia regularmente.

Atingir a leitura da Bíblia entre os jovens também é um grande desafio. A compreensão das palavras sagrado muitas vezes são o obstáculo.

 

luanaA jovem paroquiana do Santuário, Luana Galvani, de 14 anos, diz ler a Bíblia pelo menos uma vez por semana e ter a companhia de sua mãe muitas vezes na leitura, mas o grande desafio fica por conta da interpretação: “às vezes encontro dificuldade em compreender algumas palavras”, diz a estudante.

A incompreensão de algumas palavras pode acontecer, afinal o livro sagrado foi escrito há muitos séculos. Alguns religiosos recomendam a oração, para que Deus possibilite o entendimento da leitura. Procurar por outra pessoa que entenda melhor os termos e tirar dúvidas com esse outro religioso, também é permitido. Mesmo lendo a escritura sagrada todos os dias, Maria Regina ainda se depara com palavras que não consegue compreender . “Quando encontramos dificuldades, perguntamos para alguém que conhecemos ou lemos e relemos várias vezes”, diz.

Mesmo não sendo praticada diariamente pela maioria dos católicos, a leitura da Bíblia é essencial e deve ser sempre lembrada por cada religioso. O santo Padre Papa Francisco diz que a leitura do livro sagrado não é apenas importante só para o cristão, como também para sua família e a harmonia de seu lar “Para que a família possa caminhar bem, com confiança e esperança, é preciso que seja sempre alimentada pela Palavra de Deus”, diz o Papa.


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