Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

Mais uma vez Jesus insiste nesta questão da prática da lei

14º Dia – Mateus 5, 20-26

Existe o mandamento da confissão de praticá-la ao menos uma vez por ano. Se eu me confesso assim, estou dentro da lei da igreja, porém isso não me impede de confessar mais do que uma vez. É o valor que eu dou a confissão que me faz pensar nela mais vezes durante o ano e não apenas porque a Igreja diz que eu devo fazer. É uma forma de fazer acontecer a graça em mim através do pedido da igreja, mas eu posso ir além e fazer da lei um propósito de vida porque acredito nela e não simplesmente porque a Igreja me orienta a fazê-lo. Jesus é claro quando insiste que eu não devo apenas seguir a lei de não matar, mas eu devo ir além não tendo raiva das pessoas, não sendo hostil e intransigente. Por isso, ele quer dar cumprimento ao sentimento do coração, plantando ali a semente que vai direto à raiz de todo o mal eliminando-o de nossas vidas.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Falar de lei era complicado no tempo de Jesus

13º Dia – Mateus 5, 17-19

Não se podia sequer pensar em burlar qualquer mandamento, qualquer lei. Tudo era muito junto e não praticar uma era deixar de lado a outra e, por isso, tornava-se impuro todo aquele que pensasse em não cumprir a lei. Jesus é categórico dizendo que as práticas externas em nada comprometem a lei que deve ser vivenciada antes no coração. Seria mais importante criar um vínculo com a lei do amor para que o coração não necessitasse de tantas outras que eram mais práticas do que uma vivência de fé. Se o coração está bem, as leis serão seguidas porque a mudança aconteceu antes da imposição da lei. Não é preciso existir uma lei que nos obrigue a amar os outros porque este sentimento deve vir antes de qualquer pessoa nos obrigar. E assim devem ser com todas as outras virtudes, o amor, a caridade e etc.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Faltam tempero e movimento na sua vida diária

12º Dia – Mateus 5, 13-16

Os que precisam de dietas regularmente podem sofrer um pouco com a falta de tempero. Aqueles que precisam, de certa maneira, privar-se de alguns condimentos por algum tipo de doença, também sofrem com o falta de uma comida bem temperada e apetitosa ao paladar. Cristão sem fé também é assim. Faltam tempero e movimento na sua vida diária. Quando nos relacionamos com pessoas que não têm esperança, não acreditam que as coisas possam dar certo, dizemos que ela é insossa, sem coragem, como a comida sem tempero. Jesus nos ensina que somos o sal e o que vai dar gosto na vida diária das pessoas. Somos a luz que conduz e que aponta o caminho. Mas antes de ser a luz e sal na vida dos outros, será que temos tido uma vida temperada na fé e iluminada pela Palavra de Deus? Que experiência vamos transmitir se a nossa vida anda insossa e sem prazer? Pensemos bem nisso.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Oração e ação, marcas registradas de Jesus

11º Dia – Mateus 10, 7-13

Olhar para a família de Jesus já é um excelente momento de formação pessoal. Até mesmo nos filmes que assistimos, a família de Nazaré é sempre apresentada de maneira simples, num lugar simples e de hábitos bem modestos. Isto não uma convenção. A família de Jesus era assim. Os ensinamentos de Jesus, boa parte deles senão todos, expressam o que ele aprendeu de Maria e revelam como ele vivia. Ao indicar aos discípulos que deveriam ir para a evangelização desapegados e livres era porque isto era possível e seria também uma forma de evangelizar. Evangelizar também com o jeito de ser e não apenas com palavras. O testemunho deveria acompanhar aquele que quisesse falar do Reino de Deus e ser continuador da Boa Nova de Jesus. Oração e ação, marcas registradas de Jesus. Assim como o Mestre, nós somos convidados a estudar na mesma escola. E que não sejamos reprovados.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Toda a força de Jesus estava no Pai

10º Dia – Marcos 3, 20-35

A sua confiança era plena. Sabia que todas as dificuldades poderiam vir sobre ele. Muitos não acreditariam em sua palavra e até mesmo os familiares, os mais próximos os que o viram nascer, crescer. Quando não temos confiança em Deus sofremos muito porque nos falta o discernimento para as coisas mais simples. Jesus, pelo Pai, expulsou o demônio e provou que a graça de Deus era revelada na fé das pessoas. Será que não teríamos muitos demônios a serem expulsos de nós? Será que também não somos incrédulos, às vezes, como aqueles que queriam ver a morte de Jesus? Jesus apresenta o perdão de Deus como alívio para as nossas faltas e encorajamento para a luta diária. Faz-se necessário de nossa parte buscar a confiança nesse perdão de Deus e sabermos que ele é que nos sustenta em nossa caminhada.

Por: Pe. Air José de Mendonça


A viúva deu o que tinha, sem medo

9º Dia – Marcos 12, 38-44

A primeira pergunta que surge a partir desta passagem do evangelho é: somos apegados às nossas coisas? Temos dificuldade, por exemplo, de doar alguma roupa, algum objeto, algo de que não precisamos mais? E se temos muita coisa, sabemos que muitas delas estão fazendo falta na vida de alguém? Sabemos viver com o que temos ou precisamos sempre de mais e mais? Temos, de fato, a necessidade daquilo que queremos ter? A viúva deu o que tinha, sem medo, sem pavor de não ter mais no dia seguinte. Ofereceu o que tinha na confiança do Pai. O desapego desta mulher significa o desapego que somos convidados a viver em nosso dia a dia. Despojar-se do que temos em favor do outro, libertando-nos de um egoísmo doentio. Ser para o outro é ser compassivo e estar atento às suas necessidades. Nós sempre poderemos fazer alguma coisa pelo outro. Basta olhar ao redor.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Esperavam por outro tipo de Messias

8º Dia – Marcos 12, 35-37

Não deve ter sido fácil para as autoridades judaicas entenderem o reinado de Jesus. Esperavam por outro tipo de Messias. Um Messias adornado em ouro com grandes exércitos e anunciado com todas as pompas e circunstâncias. Um Messias e um rei que os libertasse dos romanos e que teria a seus pés toda a coorte celeste para usar a seu bel prazer. Quando veem Jesus chocam-se com a pessoa dele e principalmente com o que ele fala. Ele era um rei diferente e se proclamava Filho de Deus. Por isso, certamente aquele homem para as autoridades era um louco que se apropriava de uma verdade e ia sempre contra a lei. Merecia, segundo eles, morrer. Tinham os olhos fixos nos próprios interesses apenas. Será que isso não nos ajuda a refletir se de vez em quando não fazemos a mesma coisa? Temos os olhos cegos que não enxergamos o outro como deveríamos enxergar?

Por: Pe. Air José de Mendonça


FESTA DE CORPUS CHRISTI

7º Dia – Marcos 14, 12-16.22-26

Essa passagem do evangelho é uma das mais belas que conhecemos. Todo o evangelho tem a sua beleza em particular, mas cada passagem apresenta um dado novo sobre Jesus. A narrativa da Instituição da Eucaristia deveria ser refletido sempre por nós católicos porque ele faz memória da última ceia, do último momento de intimidade de Jesus com os seus seguidores. Jesus que se Sá para os outros e oferece-se como o cordeiro que seria imolado em resgate de muitos. Daria a sua vida para que todos nós pudéssemos tê-la em abundância. E assim se cumpriu. Hoje, semanalmente, nos reunimos ao redor da mesa da eucaristia e revivemos este momento marcante e podemos comungar do corpo de Cristo como os discípulos fizeram. Por isso essa aliança entre nós e o Pai se faz eterna em cada eucaristia que participamos. Em cada comunhão um compromisso com Deus na minha história, no meu trabalho e na minha família.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Não podemos transportar para lá o que somos e como vivemos aqui

6º Dia – Marcos 12, 18-27

É interessante como ainda hoje temos dificuldades de entender as coisas do céu. Muitas perguntas povoam a nossa mente sobre esse lugar tratado por Jesus como o lugar da contemplação do Pai. Seremos anjos? Como será o nosso corpo? Falaremos? Vamos rever os nossos entes queridos? Não podemos achar que no céu vamos viver da mesma maneira como vivemos aqui. Não podemos transportar para lá o que somos e como vivemos aqui. Seria muito triste tudo isso porque se assim o for, continuaremos no nosso egoísmo, amando as mesmas pessoas e criando lá os guetos de relacionamento que normalmente criamos aqui. O céu é mais do que isso. Não é uma contemplação do que somos aqui, mas uma forma diferente de ser em espírito. O sentimento é outro, a forma de existir é outra. Pensemos no que disse Jesus de que seremos anjos e seremos criaturas eternas de Deus.

Por: Pe. Air José de Mendonça


A política torna o homem mais consciente do seu papel na sociedade

5º Dia – Marcos 12, 13-17

Todos nós estamos inseridos numa sociedade e nela vivemos a partir de suas leis. A religião faz parte desta sociedade e a ela quer oferecer um novo modo de relacionamento. Relacionamento de respeito e solidariedade entre as pessoas. Essa atitude de relacionar-se com o outro tem um caráter político. A política torna o homem mais consciente do seu papel na sociedade, mas quando se trata de político-partidária não se pode inseri-la no contexto da religião. Cada pessoa deve assumir o seu papel político, mas a religião não pode estar a serviço deste ou daquele partido. Ela isenta de vontades humanas. Quando uma religião assume um partido político ela se fecha aos horizontes da graça e passa a defender interesses humanos e não os de Deus. Jesus diz que os dois devem se respeitar e apresenta que os dois devem ajudar o ser humano a se encontrar e a ser o diferente nas sociedade, mas cada um a seu modo.

Por: Pe. Air José de Mendonça


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