Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

Deus não nos escolheu para oferecer a sua graça e a sua bondade

4º Dia – Mateus 8, 28-34

Esta passagem bíblica é conhecida, mas difícil de ser compreendida. Poderíamos até nos perguntar: “O que tem uma coisa a ver com a outra?”. Diante da Palavra, pensemos na libertação que Jesus proporciona àqueles homens. De possessos passam a ser reconhecidamente Filhos de Deus, libertos da prisão do mal. É claro que esta atitude custou a Jesus a incompreensão de todo um povo que passou a considerar Jesus como um homem de quem se deveria ter distância. Nunca estaremos satisfeitos. Por mais que Deus tenha enviado o Seu filho para nos resgatar, sempre acharemos que Deus não nos escolheu para oferecer a sua graça e a sua bondade. Somos convidados a passar de mal agradecidos a anunciadores das maravilhas de Deus em nossa vida. E é bom começar logo.

Por: Pe. Air José de Mendonça


São Tomé

3º Dia – João 20, 24-29

Esta passagem de Tomé é uma das mais conhecidas. Sabemos quase de cor esta passagem com se precisássemos expiar as nossas incredulidades em alguém. É como se disséssemos: “Está vendo, ele não acreditou. Que absurdo!”. Como se nós não tivéssemos as mesmas dificuldades. Apontar o erro do outro é tão fácil. A Palavra mostra a dúvida, mas mostra a fé. Mostra o desafio, mas mostra a esperança. O que aparentemente mostra-se como fragilidade, como dúvida de fé,passa a ser esperança num tempo novo e um acolhimento da ressurreição e da fé em Jesus. Isto deve nos animar de tal maneira que as nossas orações tomem um jeito novo de ser, na contemplação, no amor desapegado, na disciplina da oração e da partilha e, porque não, na atitude de evangelizar.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Não criamos o tempo, mas podemos dominá-lo

2º Dia – Mateus 8, 18-22

Todos nós nos desculpamos demasiadamente com Jesus pelas faltas que cometemos. Temos consciência delas, convivemos com elas, mas temos dificuldades de nos afastarmos delas. Somos assim, frágeis por natureza, mas crentes na graça de Deus. A Palavra nos convida a pensar no apego que temos às desculpas como se necessitássemos da nossa fragilidade para sermos amados por Jesus. É como quando alguém sempre precisa estar doente para chamar a atenção dos outros. O amor nasce baseado na fragilidade, na recompensa, na autodestruição. É preciso tomar algumas atitudes de discípulo sendo coerente com a Palavra sem desânimo e sem medos. Não criamos o tempo, mas podemos dominá-lo e colocá-lo ao nosso serviço. Sendo assim, as desculpas para ter tempo para Deus, desaparecerão.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Festa de São Pedro e São Paulo

1º Dia – Mateus 16, 13-19

Somos bem diferentes uns dos outros. Temos maneiras de observar, de dizer e de tentar entender as coisas. Podemos ter ideias similares, mas nunca o mesmo ponto de vista. Pedro e Paulo foram assim. Suas palavras e gestos apontavam para o mesmo Cristo, mas por caminhos e modos diversos. Paulo, de um carisma invejável, não poupou esforços para que o Coração de Cristo fosse amado por todos, principalmente os pagãos. Pedro, testemunha ocular da vida de Jesus, defensor da Igreja, homem austero e com um grande poder de agregar e de mostrar um Jesus misericordioso. Por isto a festa de hoje tem um jeito diferente de celebrá-la. Com ela, encontramos um Jesus que se manifesta nas diferenças, na misericórdia e no amor incondicional a cada um de nós.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Jesus não precisou ir à casa do centurião para curar

30º Dia – Mateus 8, 5-17

São várias as vezes que Jesus tem um gesto de compaixão para com alguém. O seu olhar, o seu gesto e sua forma de se comportar no meio do povo, sempre estava à busca daquele que mais necessitava. Em muitos casos Jesus se irritava porque percebia que muitos estavam querendo satisfazer egoisticamente a sua necessidade, mas não queriam saber de Deus. Em muitos outros ele via a fé que a pessoa demonstrava em gestos simples. O centurião se sente indigno, mas pede a cura e Jesus, vendo a sua fé, expressada de maneira simples, atende ao seu pedido. A compaixão do centurião é a mesma compaixão expressa nas palavras de Jesus. Jesus não precisou ir à casa do centurião para curar e o centurião nãoprecisou ver Jesus tocando aos seus empregado para acreditar que ele curaria. Simplesmente acreditou. Será que a nossa fé chega a esse ponto ou sempre queremos provas concretas da ação de Jesus em nossa vida? É preciso pensar.

Por: Pe. Air José de Mendonça


A cura de Jesus era de forma completa e eterna

29º Dia – Mateus 8, 1-4

É interessante como no tempo de Jesus os doentes, principalmente os de doença contagiosa como a lepra, eram privados do relacionamento social. E mais ainda, isso significava que o relacionamento com deus também havia se interrompido. Pela doença era não era digno de falar com Deus porque havia sido castigado. Jesus se compadece de todos os doentes porque além da dor da exclusão social, eles viviam uma dor física e espiritual horríveis. Ser privado de se relacionar com o Criador era uma dor que mais machucava e feria. A cura de Jesus era de forma completa e eterna. Colocava luz na treva pessoal em que a pessoa vivia. Daí entendemos porque todos queriam se aproximar ou ao menos tocar Jesus. Por isso as pessoas diziam que uma força inexplicável saía dele. Ele era o Salvador, aquele que oferecia o que a pessoa precisava, e nesses casos de cura e de reinserção na sociedade, o que mias precisavam era de Deus.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Em Deus, tudo tem um colorido novo

28º Dia – Mateus 7, 21-29

Quando testemunhamos uma celebração do matrimônio, a leitura de hoje é uma das indicadas para a cerimônia. Edificar sobre a rocha uma união sacramental para que ela dure por toda a vida. Por mais que os noivos não estejam em total sintonia com o que se está dizendo ou propondo na liturgia, a situação é bem verdadeira. Relacionamentos sérios e dedicados são fundamentos sobre a rocha, sobre a Palavra de Deus e sobre a ação generosa de Deus em nossa vida. O sustento, a força nunca vêm de nós, estão em nós pela bondade de nós. Produzimos a força física, mas a espiritual vem de Deus.Somos usuários contínuos dela e, por isso, precisamos recorrer a ela sempre. A vida de comunidade ou familiar entre esposos e filhos passam pelo mesmo crivo. Devem sustentar a unidade na rocha que é Deus. Sem Ele tudo perde o sentido, tudo se torna frio e sem vida, passamos a nos relacionar como objetos que são colocados ali e aqui pela força do destino. Em Deus, tudo tem um colorido novo.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Tudo o que faço deve falar de mim

27º Dia – Mateus 7, 15-20

Quando Jesus é sondado pelo discípulo de João Batista se ele era o Messias que devia vir ele responde com as obras. E a partir disso, a mensagem é associada a uma ação concreta. Tudo o que faço deve falar de mim. E o texto do evangelho é interessante porque narra, de uma maneira simples e incisiva, que os frutos revelarão que árvores foram. Exceções à parte, se é que nesse caso eles têm lugar, os frutos são o resultado de um trabalho, de uma dedicação e daquilo que quisemos para nós. O velho ditado de que colhemos o que plantamos pode funcionar aqui também. Se o nosso passado nos assusta e por causa disso vivemos um processo de conversão para uma vida diferente, não há o que temer. Os seus frutos virão a partir da sua conversão, da sua dedicação irrestrita à Palavra de Deus. O que não podemos esquecer é de que tudo o que fizermos terá consequência em nossa vida no futuro. Por isso seria bom que começássemos a pensar nos frutos que queremos colher ou que queremos deixar para que outros colham.

Por: Pe. Air José de Mendonça


“Tudo o que quereis que vos façam, façam também a eles”

26º Dia – Mateus 7, 6.12-14

Existem algumas normas ou propostas bíblicas que se bem observadas sã muito simples e podem até ser entendidas como regras de boas maneiras para um bem viver em sociedade ou comunidade. O evangelho de hoje é bem preciso nesse ponto e traduz em palavras simples o que deveria ser o nosso pensamento e atitude cotidianos. “Tudo o que quereis que vos façam, façam também a eles”. Não precisa nada mais do que isso. Esta atitude tira-nos do egoísmo, de acúmulos, da solidão, da maledicência e tantos outros males que vivemos cotidianamente. Vemos nas coisas mais simples as mais complexas, atitudes humanas que nos tiram do sério: pessoas que sujam as ruas, que são indiferentes ao sofrimento do outro, que não cedem lugar aos idosos ou com necessidades especiais e assim por diante. Esquecemos-nos de uma regra básica e evangélica de colocar-nos sempre no lugar do outro para sentir as mesmas dores e vivenciar os constrangimentos pelos quais passam.

Por: Pe. Air José de Mendonça


“Posso ter todos os defeitos, mas esse eu não tenho”

25º Dia – Mateus 7, 1-5

Uma das nossas maiores dificuldades é frear algum comentário sobre um irmão quando alguma notícia sobre ele chega até nós. Imediatamente temos uma consideração a fazer, algo que às vezes nem vimos ou ouvimos, mas que sentimos necessidade de dizer. Não é necessário dizer que isto não se faz e que o outro por mais defeitos que tenha, é como eu. Nós até dizemos: “Posso ter todos os defeitos, mas esse eu não tenho”, como se o fato de não ter aquele defeito em específico me faz melhor do que o outro. Como gostamos de nos enganar para dizer para nós mesmos que somos bons! Não julgar é um dom. Nós pedimos tantos dons a Deus e porque não incluímos esse como uma meta a atingir. Não julgar é acreditar na misericórdia de Deus sobre nós e sobre as nossas imperfeições. A vida, às vezes, é tão sofrida porque optamos em colocar um peso a mais sobre o outro com o nosso julgamento.

Por: Pe. Air José de Mendonça


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