Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

No início tudo era bom

26º Dia –  João 6, 60-69

Muitos de nós já participamos de retiros, encontros de jovens, encontros de casais, encontros com Cristo e tantos outros momentos interessantes que propiciam a conversão pessoal. São momentos de fé que todos deveriam experimentar. Há, porém, um grande detalhe sobre estes encontros que deveríamos estar atentos e que o evangelho de hoje nos ajuda a entender. Muitos discípulos ficaram eufóricos com as palavras de Jesus e começaram a segui-lo. No início tudo era bom, mas quando Jesus, como no evangelho de hoje, apresenta a sua missão com as suas dores também, muitos se retiraram e voltaram para as suas casas. Alguns envergonhados por serem tão covardes e não se abrirem à Boa Nova. O mesmo acontece com os que participam dos encontros religiosos. Boa parte sente-se desolada por não terem sido fiéis aquela conversão instantânea pela qual passaram, mas não foram capazes de assumir com dedicação o anúncio da Palavra.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Há algumas atitudes que não conseguimos entender

25º Dia – Mateus 23, 1-12

A Palavra cita que os fariseus sentavam-se na cadeira de Moisés para demonstrarem a autoridade que por isso recebiam para interpretar a lei. Interpretar aqui, entenda-se bem, dizer o que convinha a partir de uma interpretação estritamente pessoal e de acordo com as vontades vigentes. Dizer o que se deve fazer é sempre muito fácil. Fazer o que se manda fazer é bem mais complicado. Temos sempre autoridade para dizer o que outro deve fazer, mas nem sempre assumimos para nós o serviço que conferimos ao outro. Se experimentarmos fazer e ser o que exigimos do outro seríamos mais maleáveis, mais dóceis e mais tolerantes com os erros dos outros. Os fariseus não tinham esta preocupação e por isso interpretavam a lei e exigiam o seu cumprimento como achavam que deveria ser. É sempre difícil entender estas coisas mas elas estão aí para que a gente pense, reflita melhor e passe a buscar na Palavra aquilo que vai nos ajudar a ser melhor, sem abusos, sem muitas exigências com o outro.

Por: Pe. Air José de Mendonça


São Bartolomeu

24º Dia – João 1, 45-51

Não sei até que ponto temos consciência do significado da ação de Deus em oferecer o seu Filho Jesus a todos nós. Em algumas ocasiões achamos que essa atitude é quase uma obrigação de Deus. Invertemos os papéis, Deus nos serve e nós lhe damos as ordens. A encarnação de Jesus é um prêmio, um ato de amor que não nos damos conta porque não somos capazes de viver a intensidade desta dimensão do “servir ao outro.” Quando Natanael desdenha deste Messias que vem de uma cidade sem importância ele assume o papel daquele que espera algo sempre maior, insatisfeito e mesquinho em suas expectativas. É preciso apreender deste texto que Jesus não se importa com o que Natanael pensa porque sabe da sua impossibilidade de ir além do que os seus olhos veem. E, por isso, o chama: segue-me. A verdade é que também temos esta dificuldade apontada em Natanael, desacreditamos da ação de Deus em pequenas coisas. É hora de voltar e seguir a Jesus sem reservas.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Santa Rosa de Lima

23º Dia – Mateus 13, 44-46

Há um grande apelo a felicidade pessoal veiculada pelos meios de comunicação e que devem nos deixar atentos. Felicidade é um bem, um dom uma proposta de Deus para todos nós. Não há problema em ser feliz. É engraçado que muitos até se incomodam quando alguém, de fato, mostra-se feliz porque muitos acham que isso é impossível. A Palavra de hoje fala de tesouro, de pérolas preciosas que são encontrados, guardados e cultivados. Esses tesouros são de grande valia, mas quando aprisionados e escondidos perdem o seu valor. Se agirmos da mesma forma com os sentimentos, com a felicidade e com as coisas que temos, as cosias perderão também o seu fim. A felicidade acaba sendo mais um comportamento do que, de fato, um estar bem consigo mesmo. É preciso entender a felicidade como uma presença entre as dificuldades e superação também. É preciso inseri-la num ato de fé na vida e nas situações que vivenciamos. Os tesouros, às vezes, são muitos e encontrados em diferentes estágios da nossa vida. A pergunta é: o que temos feito com eles?

Por: Pe. Air José de Mendonça


Maria do sim, Maria de todos nós

22º Dia – Lucas 1, 26-38

Recebemos convites quase cotidianamente para eventos, festas, aniversários, bodas e tantos outros dos amigos e parentes. Alguns esperados, outros nem tanto. Mas há alguns convites que nos surpreendem porque não sabíamos que aquela pessoa nos observava ou gostava de nós. Maria sabia-se amada por Deus e convivia com Ele todos os dias em suas orações diárias para um bom judeu e, em nosso caso, um bom católico cristão. Mas ela não esperava um convite tão forte e tão difícil de ser assumido. É lógico que ela se espanta e sai correndo para outro lugar achando tratar-se de alguma coisa sobre a qual ela não tinha uma resposta tão imediatamente. O seu sim é fruto de um discernimento sobre a ação de Deus sobre a sua vida. Diz sim porque acreditou no amor e na estreita confiança que tinha naquele que lhe convidara para ser a mãe do Salvador. Maria do sim, Maria de todos nós. Ensina-nos a viver a radicalidade da sua entrega para a vinda do nosso Salvador.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Deus em sua misericórdia está pronto para ouvir

21º Dia – Mateus 19, 23-30

Toda vez que você ler este evangelho de hoje, já conhecido de muitos, sobre o camelo, o rico e a passagem pelo espaço da agulha, faça-se duas perguntas básicas: “o que é mais importante para mim? O que é prioritário em minha vida?” A partir desses questionamentos você poderá apresentar uma ótima resolução para a Palavra que lemos hoje. Quando a riqueza, no caso do evangelho, ou qualquer outro bem, situação ou pessoa são mais importantes do que Deus e até mesmo mais do que a mim mesmo é sinal de que não mereço o Reino de Deus. As prioridades que vão me acercando determinam para onde quero ir e que pessoa quero ser. Os relacionamentos que estreito, a forma como conduzo as minhas coisas é o que vão denunciar o que sou. Por isso, Deus em sua misericórdia está pronto para ouvir o nosso clamor e as nossas vontades de mudanças, se elas de fato existirem e nos ajudar a assumir um rumo de verdade. Deus me salva e quer isso. E eu, quero isso?

Por: Pe. Air José de Mendonça


Temos o mesmo comportamento que ele?

20º Dia – Mateus 19, 16-22

Este evangelho, muito conhecido nosso, alerta-nos para o pedido deste jovem de querer a vida eterna. A primeira ideia é a de que ele pensa que a vida eterna é o resultado de um conjunto de coisas que devemos fazer como se fizéssemos um dever de casa e tudo pronto. A liberdade para o seguimento de Jesus era uma das opções para se chegar à vida eterna. Outra opção era a de praticar o que Jesus dizia e a outra, a de vender o que se tinha para não carregar acúmulos e ter dificuldade para levar o que não se podia carregar. O jovem não queria ser livre, queria ter mais além do que tinha. Ele não precisava da liberdade, precisava da vida eterna como um prêmio ou como algo que poderia ser comprado. Para nós, diante da atitude de fechamento do jovem, o que pensamos? Que análise fazemos? Temos o mesmo comportamento que ele?

Por: Pe. Air José de Mendonça


Assunção de Nossa Senhora

19º Dia – Lucas 1, 39-56

Que bela festa celebramos hoje? A liturgia apresenta-nos o dogma da Assunção de Nossa Senhora. Só para situar, esse dogma foi determinado pelo Papa Pio XII no ano de 1950. Esta festa tem seu sentido no cotidiano de Maria que, na humildade do seu dia a dia abriu-se para a realização da vontade de Deus em sua vida. Colocou-se à disposição e tornou-se aquela que antes de todos, pôs-se a serviço, imitando desde a concepção aquele que estava gerando. É comum ouvir que Maria foi o primeiro sacrário, a primeira discípula e a primeira missionária. Nada disto foi por vanglória, mas para dar o exemplo e mostrar que a sua liberdade pessoal em aceitar a vontade de Deus a fazia feliz. A visita à Isabel é uma visita à humanidade mostrando que ela estaria sempre à disposição e de braços abertos àqueles que pedissem a sua intercessão. No dia de hoje digamos: Ave Maria, rogai por nós!

Por: Pe. Air José de Mendonça


A sua proximidade com a criança não era uma atitude para sair bem na fotografia

18º Dia – Mateus 19, 13-15

A sua proximidade com a criança não era uma atitude para sair bem na fotografia. Jesus não usava deste prestígio em benefício próprio, mas para que a sua Palavra, a Boa Nova de Deus fosse anunciada. A criança personifica a realidade dos mais simples, dos privados deste ou daquele conhecimento. É o pequeno que precisa de carinho e de atenção. Lembra o órfão e a viúva que eram desprezados e sem valor algum. Na criança está a vida de todos aqueles que no tempo de Jesus eram deixados de lado. Por isso, esta atitude simples de Jesus quer ir mais longe em seu significado. Que a Boa Nova encontrasse corações limpos, puros, inocentes e prontos para acolhê-la. Que os corações estivessem plenos de determinação para encantar-se com a Palavra que ouviam. De maneira simples, Jesus comunica a vontade de Deus.

Por: Pe. Air José de Mendonça


Toda interpretação da lei é problemática

17º Dia – Mateus 19, 3-12

Diversos grupos e escolas no tempo de Jesus divergiam sobre como a lei deveria ser aplicada. Isso porque o mais importante para eles era saber se aquela lei, com suas várias exceções, deveria ser aplicada em qual ocasião. A aplicação da lei era outro problema porque alguns viam defendiam um rigor absoluto senão a lei jamais seria cumprida e a autoridade dos doutores da lei seria colocada em risco. Esqueciam-se de um ponto crucial em relação à lei. A da misericórdia. Jesus recorria sempre a ela para resolver esta ou aquela questão que lhe era colocada. Nas relações pessoais, nas relações com deus, nas relações comunitárias, em todos os momentos a compaixão para com o outro deveria vir em primeiro lugar. Este era o pensamento de Jesus.

Por: Pe. Air José de Mendonça


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