7º Dia – Marcos 10, 2-16

São Paulo trata da mesma questão em uma de suas cartas. A dureza de coração que impede de se ouvir bem a Palavra e testemunhá-la. A dureza distancia-nos a verdade, torna-nos insensíveis ao convite de Jesus. Não abre espaço para que a Eucaristia transforme, renove e mude radicalmente o nosso coração se for necessário. Quanta mágoa cria esta casca intransponível, esse olhar rancoroso, este rosto cansado e desanimado. É preciso rever as nossas vontades, práticas e coração. Um coração triste é um coração doente, sem perspectiva, sem sonhos, sem idealizações. Jesus não nos quer assim, entregues. Ele nos quer atuantes, firmes, resolutos diante das fraquezas e prontos para lutar todos os dias. Obstáculos são meios e não monstros que nos derrotam.

Por: Pe. Air José de Mendonça

6º Dia – Lucas 10, 17-24

Por mais que inicialmente estivessem com medo e inseguros, descobriram que a força de Deus e a exortação de Jesus de que eles não estariam sós, funcionou como um estímulo e um apoio na missão. E voltaram encantados porque em nome de Jesus, tiveram êxito na missão. É muito saber que um dia depois do cansaço do trabalho e da difícil missão que nos confiada, ouvir de alguém que nós fizemos bem e que a Palavra foi sentida pelo nosso testemunho e pela nossa fé. Às vezes uma palavra acaba sendo o referencial para alguém e nós nem imaginávamos que isso fosse possível. Cada um de nós anuncia. Cada um de nós tem o dom do testemunho. É preciso coragem, vontade e força para levar com verdade o batismo que recebemos.

Por: Pe. Air José de Mendonça

5º Dia – Lucas 10, 13-16

Temos que tomar cuidado com estes “ais” que normalmente encontramos nas interjeições, afirmações ou aparente ameaças de Jesus. Em muitos casos eles podem surgir com efeito de condenação, mas em muitos casos eles são um alerta para uma realidade que se vivia e que não era de acordo com a vontade de Deus. A conversão era o que Jesus pedia sempre. Converter era sinal de humildade de deixar-se modelar por Deus e aceitar a Jesus como o Messias enviado. Rejeitar a proposta de Jesus é rejeitar um plano de salvação. É negar-se participar de um projeto de amor de um deus que buscava, procurava como o pastor bondoso às suas ovelhas. O que deve ficar para nós desta passagem é sobre a resposta que temos dado a este convite de conversão de Jesus. Por que a conversão nem sempre me encanta?

Por: Pe. Air José de Mendonça

4º Dia – Lucas 10, 1-12

Esta marca ninguém pode tirar de nós. O batismo nos insere no mistério do anúncio da Palavra. Sabemos que devemos anunciar, somos repletos da graça do Espírito Santo que Deus colocou em nós e a cada dia temos que agradecer a Deus por isso. Somos mensageiros da paz, da verdade e da justiça. Somos os poucos operários a que Jesus se refere quando fala da messe. A messe é grande e disso sabemos, mas nem sempre nos colocamos como os operários. Sempre alertamos que são poucos os que trabalham para o Reino de Deus, mas onde estão estes poucos? É preciso nominá-los. Eles são eu, você, o seu amigo e todo aquele que está numa comunidade de fé. É claro que ainda faltam muitos, mas não podemos nos esquecer dos que já atuam com zelo e pastoreio.

Por: Pe. Air José de Mendonça

3º Dia – Lucas 9, 57-62

Seria bom que tivéssemos a sabedoria divina para saber como viver melhor e também ajudar os nossos irmãos e irmãs a viverem melhor. Quando no evangelho um homem se predispõe a seguir Jesus, mas coloca alguma condição para isso, percebe-se que Jesus já lhe apresenta que não será um caminho fácil, mas livre. Difícil, mas compensador. E a partir desta passagem, uma das coisas mais belas que se ouve de Jesus é de que “aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é digno de mim”. Não se pode ter o título das coisas, mas vivê-las intensamente. Não posso dizer que sou seguidor de Jesus se não faço o mínimo para merecer isso. Pensemos se estamos com Jesus ou se temos olhado demais para trás demonstrando um amor exagerado por aquilo que a cada dia devo renunciar.

Por: Pe. Air José de Mendonça

2º Dia – Mateus 18, 1-5.10

O evangelista Lucas no evangelho de ontem já havia mencionado uma criança como referência que Jesus usou para falar do Reino de Deus. E Jesus pede claramente que nos tornemos como uma criança para sermos merecedores deste Reino. No Reino dos Céus não há maiores e nem sequer menores, há apenas os que serviram a Deus de maneira justa e verdadeira. Há os que amaram a Deus em todas as circunstâncias e momentos de sua. Há os que foram fiéis à Palavra e viveram intensamente o amor às pessoas mesmo àquelas mais difíceis e mais intolerantes. Ser maior para Jesus é servir. O que nos falta para que isto aconteça?

Por: Pe. Air José de Mendonça

1º Dia – Lucas 9, 46-50

Há nele uma preocupação com a formação daqueles que seriam os continuadores do seu ministério. No texto de hoje Jesus não admite que haja separação, preconceito e punição aos que não o seguiam e que também falavam de Deus. Uma das coisas mais interessantes é esse olhar de misericórdia e amor de Jesus para com os outros. Esta tolerância, esse amor abnegado e sincero fez com que os discípulos pudessem compreender que a mensagem devia ser oferecida a todos. Este amor deve causar em nós esta visão sobre as coisas e sobre as pessoas. Toda religião, quando verdadeira, leva até Deus. Viva a sua, alimente a sua fé e torne-se um cristão católico autêntico, forte e destemido.

Por: Pe. Air José de Mendonça

30º Dia – Lucas 9, 46-50

Todo aquele que serve tem a exata dimensão do que é realizar a Palavra de Deus. Os primeiros lugares não são os únicos para se sentar. Ouve-se também do fundo e participa-se também estando mais distante. Você já se sentiu o melhor dentre os seus irmãos no trabalho ou na família? Não se iluda, isso não existe.

A história é assim

Seu Felício cultivava um jardim com flores das mais belas. Uma vez por semana colhia algumas e as deixava sobre o muro para quem quisesse pegar. As mais belas eras as primeiras a irem embora, as outras, com muito custo, mesmo limpas dos espinhos, ficavam ali por um bom tempo. Certo dia ele resolveu colocar cactos sobre a mureta e na primeira hora ouviu xingamentos e gritinhos porque espetavam os que sempre pegavam primeiro as rosas. Os que vinham a seguir, não xingaram, nem gritaram, porque com jeito, sabiam que não deveriam tratar os cactos da mesma maneira. Discernimento, prudência e paciência nunca fazem mal a ninguém.

Por: Pe. Air José de Mendonça

29º Dia – Lucas 16, 19-31

Você já mudou planos, rotas e objetivo de vida motivado pela Palavra? O texto bíblico de hoje fala da conversão como propósito de vida. Converter é acreditar que há outras possibilidades de ser feliz. A felicidade que leva o outro a ser feliz também.

A história é assim

Pedro queria saber como é o céu. Segundo o que já tinha ouvido e imaginado lá deveria ser um lugar chato onde os anjos tocavam flautas e as conversas giravam em torno de Deus. Sua mãe não sabia o que responder e o encaminhou para o padre que pediu que ele fosse num orfanato e fizesse alguma coisa de útil e depois viesse conversar com ele. Assim o fez e voltou dizendo que não conseguira fazer nada porque as crianças descobriram que ele era um palhaço e passara boa parte do dia entretendo cada uma delas. “Assim se faz o céu”, disse o padre. “Não espere chegar lá para ouvir os coros dos anjos, ouça-os já aqui.”

Por: Pe. Air José de Mendonça

28º Dia – Lucas 9, 43b-45

Nós também temos, mesmo já conhecendo toda a sua história. Mesmo assim, nunca podemos perder de vista o quanto o amor de Deus por nós é imenso. Por isso, precisamos abandonar práticas mesquinhas de católicos e fazer valer a nossa fé sendo testemunho da Palavra de Deus.

A história é assim

Um jovem encantou-se com as palavras de Jesus. Descobriu a bíblia e lia cada parábola, cada ensinamento e cada dia mais se aprofundava no que lia sobre Jesus e queria sempre mais, mas não ousava chegar ao fim dos textos bíblicos que lia. Seu coração tinha medo de ler o que não queria saber. Certo dia tomou coragem e leu o texto da crucificação. Foi o bastante pra ele deixar a bíblia e esquecer-se de que fora apaixonado pela vida de Jesus. Segundo ele, um homem bom não merecia sofrer. E você? O que acha? O sofrimento, quando vem, amadurece, dá alicerce. Não o devemos buscar, mas se ele passa por nós é melhor encará-lo de frente.

Por: Pe. Air José de Mendonça